Tommy Paul: «Aprendi a encordoar raquetes pelo Youtube»

Tommy Paul tem apenas 18 anos mas sabe desenrascar-se como poucos num circuito que vai sendo dominado por homens de barba rija. E se ontem provou isso mesmo no court, ao conquistar a sua primeira vitória em provas ATP, desenvencilhando-se do oitavo cabeça-de-série no torneio de Houston, Paolo Lorenzi, fora de linhas os grandes desafios começaram a ser ultrapassados bem mais cedo.

O campeão junior de Roland Garros conta, por exemplo, que até há dois anos era ele quem tratava das suas raquetes. “Eu encordoava todas as minhas raquetes”, admitiu em conversa com o site da ATP. “Eu partia muitas cordas. Eu parto cordas a cada 40 minutos, três ou quatro por dia. Aprendi a encordoar com algumas pessoas que me ensinavam e através dos vídeos do Youtube. É muito simples”, garante.

“Tínhamos uma máquina pequena. Voltávamos do treino e encordoava as minhas raquetes. Era terrível. A pior parte… Naquela altura, eram duas por dia, quando começaram a ser três e quatro, eu disse ‘não, não vou fazer mais isto”, relembra Paul.

Uma decisão que o obrigou a abrir os cordões à bolsa, mas poupar continua a ser uma preocupação para o atual número 200.º mundial, abdicando, para isso, de certas mordomias. “Há três dias. Ah, ah! Não, há dois dias, com o Reilly Opelka, para poupar dinheiro”, disse o jogador de New Jersey, quando questionado sobre a última vez que partilhou um quarto com alguém.

E porque por mais emancipado que seja não deixa de ser adolescente, falar em ídolos faz ainda todo o sentido para o jogador de 18 anos. “Há uma semana pedi ao Roger Federer para tirar uma fotografia. Treinei com ele em Miami, em terra batida, na semana passada”.

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Paul, que surge esta semana na melhor posição do ranking da sua carreira, consequências de ter furar o qyalifying em Miami, defronta na segunda ronda do ATP 250 de Houston  o sul-coreano de 19 anos Hyeon Chung, 71.º ATP.