Todd Woodbridge: «Wawrinka pode ser o único a desafiar Nadal em terra batida»
Com o regresso em grande de Roger Federer, não se tem dado tanta importância à boa época que Rafael Nadal tem vindo a protagonizar em 2017. É certo que o espanhol perdeu as três finais que disputou, mas pelo menos voltou a pisar grandes palcos, a disputar grandes partidas. Ora, tendo em conta a capacidade de Rafa no pó-de-tijolo, e sabendo de antemão que Novak Djokovic, Andy Murray e Stan Wawrinka têm tido uma época intermitente e que Roger Federer apenas voltará a competir em Roland Garros, o espanhol assume-se como a principal figura para os torneios da temporada de terra batida.
Todd Woodbridge (ex-número 1 em pares), num artigo no Tennismash, aborda essa questão, analisando o percurso recente de Nadal. “Há 12 meses, ele teve lesões que o impediram de jogar. Agora está a ter alguma continuidade física, encontrou a energia, o ritmo e a agressividade no seu jogo”, diz, comentando de seguida o que tem sido a época do maiorquino. “Nos últimos seis meses acumulou uma grande consistência. Está dececionado por ter perdido com o Roger, mas penso que isso também pode ser uma motivação para ele”.
“Se quiserem batê-lo (Nadal) têm que estar a um nível altíssimo”
Quanto a possíveis adversários na época de terra batida vê poucas opções. “Nishikori poderia dificultar-lhe a vida. Ferrer de momento não. No fundo, os que sobrem são o Novak e o Andy. Quando joga em relva, há sempre um Isner, um Querrey, até um Dustin Brown, mas na terra batida não. Se o quiserem bater têm que estar num nível altíssimo”.
Ainda assim, Woodbridge apontou um nome que pode fazer sombra ao espanhol. “O único que possivelmente pode desafia-lo é o Stan. Ele é o cavalo negro deste grupo e é capaz de dominá-los a todos, assusta-los. Ainda assim, Rafa é o favorito nesta superfície”.
Certo é que com o início de época de Nadal e Federer, muitos os apontam como respetivos vencedores dos dois próximos Grand Slam’s, algo que o australiano não nega, até porque admite que ambos estejam a passar pelos melhores momentos da sua carreira, mas também não garante, até porque Djokovic e Murray vão andar por aí.