Ténis ressuscitou na Alemanha mas nem todos os jogadores gostaram: «Faço pelo dinheiro»

Ténis ressuscitou na Alemanha mas nem todos os jogadores gostaram: «Faço pelo dinheiro»

Por José Morgado - maio 2, 2020
alemanha

O ténis ‘ressuscitou’ esta sexta-feira na Alemanha, com um primeiro torneio de exibição com alguma dimensão internacional e jogadores estrangeiros. Há transmissão televisiva, mas não há juízes de linha, apanha bolas ou público, com todas as medidas de segurança a serem seguidas.

O conceito competitivo pode ser interessante, numa altura em que não se sabe quando a modalidade vai voltar, mas nem todos os jogadores estão particularmente confortáveis com a situação. Um dos oito participantes do torneio, o alemão Florian Broska declarou não gostar do ambiente sem público. “Eu gosto de trabalhar para um público. Eu gosto de ter essa energia no court. Ter gente a assistir, a motivar-me, a dar-me essa energia fundamental. É difícil aceitar que não tenha ninguém aqui a ver”, disse Broska, que atualmente nem sequer compete no circuito (a última vez foi em 2017). “Estou a tentar arranjar a minha própria energia, mas obviamente não é a mesma coisa”.

Já Yannick Hanfmann (143° do mundo e antigo top 60) disse que está empolgado com a oportunidade de voltar a ganhar dinheiro, já que o torneio representa um bom ganho financeiro. “Eu estou a economizar dinheiro neste momento e não iria desperdiçar a chance de melhorar essa parte. Faço pelo dinheiro. As coisas estão complicadas agora com a atual paralisação do circuito”, afirmou Hanfmann.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com