Swiatek implacável no Australian Open: "Temos de ser impiedosos"

Swiatek implacável no Australian Open: “Temos de ser impiedosos”

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 22, 2025

Iga Swiatek tem estado absolutamente arrasadora no Australian Open 2025, com apenas 14 jogos perdidos até as semifinais. A número 2 do ranking WTA se mostra orgulhosa pelo nível apresentado, destaca a importância de Wim Fissette e explica o que está por trás dessa ideia avassaladora de jogo.

MAIS UMA GRANDE EXIBIÇÃO

Estou orgulhosa de estar mantendo o mesmo trabalho durante todo o torneio, sempre com a mesma intensidade, pressionando minhas adversárias do início ao fim dos meus jogos. A vitória de hoje foi muito mais difícil do que o resultado mostra, então estou feliz por estar nas semifinais.

ENFRENTA MADISON KEYS

Acabei de saber quem será minha próxima adversária, e vamos fazer o trabalho habitual com o Wim para definir a tática. Sei que ela gosta de jogar com muita intensidade e velocidade, e utiliza bem suas armas, especialmente em pisos rápidos. Vou precisar estar pronta e ser proativa, também na defesa. São semifinais, qualquer adversária merece estar lá, então será sempre difícil.

IMPORTÂNCIA DE WIM FISSETTE

O Wim não chegou e impôs uma forma de jogar, isso não funciona assim. Trabalhar com Wim é mais uma evolução do que uma revolução, não queria ninguém que mudasse meu tênis completamente ou fizesse loucuras. Ele me ajudou a melhorar algumas coisas, que foram aprimoradas graças a mim e à sua ajuda. Sou eu quem toma as decisões na quadra, então é muito mais fácil quando posso usar meus instintos. Se você pensa demais, as coisas não vão bem, mas às vezes isso acontece. O Wim nunca me disse nada que pudesse me confundir, então está tudo excelente até agora.

14 GAMES PERDIDOS EM CINCO JOGOS

Numa quadra de tênis, você precisa ser impiedosa, embora essa palavra possa ser entendida de forma negativa. No meu caso, é focar em mim mesma, manter a mesma atitude, independentemente do resultado, e isso é muito importante. Minha força e consistência são as bases de tudo o que faço na quadra. Talvez pareça impiedosa, mas esse não é meu objetivo. Só quero ganhar cada vez mais jogos, é o efeito que trago dos jogos anteriores.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt