Swiatek desolada após derrota: «Fora do court é complicado ser número um do Mundo»

Swiatek desolada após derrota: «Fora do court é complicado ser número um do Mundo»

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 6, 2023

Iga Swiatek foi surpreendida por Jessica Pegula, com a norte-americana a banalizar a número um do Mundo no primeiro encontro das meias-finais da United Cup. A polaca cedeu com os parciais 6-2 e 6-2, chorou em court e mostrou-se desolada, apontando também a pressão que sente fora do mesmo.

DERROTA COM PEGULA

Não estive à altura. A nível físico, tenístico e mental vi-me longe do meu melhor. Contra uma jogadora como Pegula, isso implica perder. É uma das melhores do Mundo, não me deixou jogar confortável em nenhum momento e não fico surpreendida com o seu nível, mas não esperava ficar tão longe de lhe fazer dano no court. Tentei ser agressiva, mas cada vez que o fazia cometia erros. É muito duro perder a representar o meu país e sentir-me tão impotente. A Jessica meteu sempre mais uma bola, o que me forçou a assumir ritmos e não tive o ritmo necessário. Espero aprender com isto.

REGRESSO DAS FÉRIAS

Consegui descansar bem nas férias, mas quando voltei a casa, em Varsóvia, senti-me assoberbada por todos os compromissos que tinha. Muitas vezes vou adiando questões de patrocínios, entrevistas e atos sociais durante a época, então ficou muita coisa junta em pouco tempo. Sei que tenho de cuidar do lado comercial da minha carreira e preciso de aprender a fazê-lo da maneira correta para que não me aconteça o que aconteceu agora. Sinto-me cansada mentalmente no início da época por tudo o que tive de fazer.

PRESSÃO DE SER NÚMERO UM

Os resultados mostram que estou bem, mas não é fácil na verdade. No court tento utilizar a minha condição de número um para jogar com confiança e pressionar as minhas adversárias, mas fora do court é complicado ser número um porque estou sempre a ter de ir a coisas que me tiram tempo, energia e concentração. Sou uma pessoa perfecionista e se não fosse pela minha equipa que me ajuda muito, estaria a trabalhar 24 horas os sete dias da semana. Eles ajudam-me a ter um equilíbrio, mas tenho de melhorar isso.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt