Simon: «Paragem beneficia jogadores entre os 25 e os 30»

Simon: «Paragem beneficia jogadores entre os 25 e os 30»

Por José Morgado - agosto 8, 2020
simon

Gilles Simon, francês que é um dos veteranos do circuito ATP, mostrou-se este sábado preocupado com aquilo que a pausa por causa da pandemia possa causar em alguns jogadores, nomeadamente nos mais jovens e nos mais velhos. Para Simon, são os tenistas de ‘meia idade’ que saem menos prejudicados com esta paragem inesperada.

Acho que este período vai ser melhor para jogadores entre os 25 e os 30 anos. Acho que eles já têm alguma experiência no circuito e que estão num momento ideal da carreira para aprimorar o seu jogo e fazer uma espécie de ‘check-up’ sobre o que aconteceu na primeira parte da carreira. Esses jogadores de meia-idade estão a começar a entender os seus pontos fracos e a trabalhar neles, sabendo que ainda têm energia de sobra para isso. Esses tenistas ainda são jovens e saudáveis: isto tem sido bom para eles”, confessou durante uma longa e interessante entrevista ao site do ATP.

Com 36 anos, Simon já não espera milagres no seu ténis. Quando fazemos algo há muito tempo, é muito difícil mudar. Por exemplo: o meu vólei nunca foi muito bom. Tentei melhorar durante toda a minha carreira, ainda posso trabalhar nisso. Não é um problema, mas nunca será um grande vólei. É uma seção do jogo com a qual nunca me sentirei tão confortável quanto os outros. Seria uma grande surpresa se, de repente, eu voltasse depois de três meses com o melhor vólei do circuito, jogando em modo serviço-rede. Tenho que ser realista em relação a isso. Claro que posso melhorar coisas no meu ténis, mas o foco é ficar mais calmo, ter mais confiança, usar este momento para ver as coisas de outra forma, com uma abordagem diferente”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt