Shelton nas nuvens: "Se me dissessem isso há um ano, diria que estão mentindo!"

Shelton nas nuvens: “Se me dissessem isso há um ano, diria que estão mentindo!”

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 10, 2023
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Há um ano, Ben Shelton estava se preparand com a sua equipe da Universidade da Flórida para enfrentar Georgia no campeonato universitário norte-americano. Um ano depois, é o número 41 do mundo, acabou de derrotar Fabio Fognini e agora vai medir forças com Taylor Fritz na segunda rodada do Masters 1000 de Indian Wells. Algo alucinante, como o próprio confessa.

VITÓRIA SOBRE FOGNINI

O ambiente foi elétrico, adorei e desfrutei imenso. Foi o meu primeiro jogo em Indian Wells e conseguir uma vitória na tua estreia em qualquer torneio é sempre positivo. Fabio faz um grande trabalho variando ritmos e direções, mudando as emoções do jogo, então sabia que tinha que focar no que tinha de fazer, me manter sério e pensar apenas no que acontecia no meu lado da rede. Ele tem muita experiência, é uma lenda desse esporte, então me manter focado e conseguir seguir em frente me deixa bastante orgulhoso. 

 

PASSO A PASSO COM CONFIANÇA

Conquistar um novo nível dá muita confiança para passar para o seguinte. Ser capaz de conquistar o nível do tênis universitário e conseguir o título de equipes e depois individual e ser capaz de fazer o mesmo no circuito Challenger dá muita confiança. Depois tive uma grande série de resultados no fim do ano passado que me fez crescer e construir uma grande base de confiança. Sinto que pertenço à elite e que posso competir a este nível.

HÁ UM ANO IA ENFRENTAR A UNIVERSIDADE DE GEORGIA

Pensar nisso é uma absoluta loucura. É difícil acreditar como tudo mudou em um ano. Se me dissessem isso há um ano, diria que estão mentindo. Foi preciso muito trabalho duro, mas felizmente tenho um grande grupo de pessoas à minha volta, que me ajuda a acreditar em mim mesmo, mas que me mantém humilde. Essa é uma das coisas que me faz ter mais sucesso, é o trabalho duro e consistente diariamente.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt