Sharapova: Uma história de sucesso dentro e fora dos courts
Maria Sharapova anunciou o fim da sua carreira profissional no último mês de fevereiro numa notícia que apanhou (quase) todos os amantes da modalidade de surpresa.
Nesse sentido, o Bola Amarela foi à procura de reavivar a memória a todos os nossos fiéis seguidores e fez um trabalho de investigação que tem como objetivo elencar as principais conquistas da ex-tenista russa.
Desde cedo se percebeu que Maria Sharapova era uma tenista diferenciada das demais e, prova disso, é que a russa conseguiu, entre outros feitos, ser a quarta tenista mais jovem de sempre a vencer um Grand Slam: em 2004, com apenas 17 anos, a russa bateu Serena Williams e conquistou o torneio de Wimbledon. Com este feito, Sharapova fez história, tornou-se na quarta tenista mais jovem de sempre a vencer um torneio do Grand Slam na Era Open, e ficou apenas atrás da norte-americana Tracy Austin, que venceu o US Open em 1979, Monica Seles, que levou para casa o troféu do torneio de Roland Garros em 1990, com 16 anos e que, infelizmente, teve um episódio negativo quando foi esfaqueada, aos 19 anos, durante os quartos de final do torneio de Hamburgo diante da búlgara Magdalena Maleeva a 30 de abril de 1993; e Martina Hingis que conquistou o Australian Open em 1997. Estas últimas três tenistas tinham todas 16 anos quando atingiram tal feito.
Maria Sharapova conseguiu ainda a proeza de ser a quinta tenista mais jovem de sempre a chegar a número um mundial. Tudo aconteceu a 22 de agosto de 2005 quando a russa, então com 18 anos e 125 dias, conseguiu entrar para um grupo restrito de tenistas a atingir tal feito tão cedo na carreira. Mais cedo só mesmo Steffi Graf, com 18 anos e 64 dias, Tracy Austin, com 17 anos e 116 dias, Monica Seles, com 17 anos e 99 dias e Martina Hingins que, quando chegou a número um do mundo, tinha apenas 16 anos e 182 dias.
A ex-tenista conseguiu fazer história para o seu país ao ser a primeira russa a chegar ao topo do ténis mundial sendo que Dinara Safina, irmã do também antigo número um mundial Marat Safin, também o conseguiu fazer, em abril de 2009, depois de Serena Williams ter sido eliminada na primeira ronda do WTA de Marbella, em Espanha.
Maria Sharapova conseguiu ainda a proeza de ser a primeira tenista a conseguir vencer as primeira e segunda classificadas do ranking mundial, Amelie Mauresmo e Justin Henin, na meia-final e final, respetivamente, em 2006, durante o US Open, competição que viria a vencer.
Ao longo da sua carreira, a russa conseguiu conquistar cinco torneios do Grand Slam: Wimbledon, em 2004, o US Open, em 2006, o Australian Open, em 2008, e o torneio de Roland Garros, por duas vezes, nos anos de 2012 e 2014.
E sabe quando é que Maria Sharapova se estreou em torneios WTA? Não se recorda? Não se preocupe. Nós damos uma ajuda: tudo aconteceu, em 2002, no Masters de Indian Wells quando a russa, então com 14 anos, beneficiou de um Wild Card para entrar no quadro principal e a estreia foi positiva…Sharapova bateu a norte-americana Brie Rippner e, na segunda ronda concretizou, porventura, um dos seus sonhos ao medir forças com a sua referência Monica Seles, número 9 mundial na época, sendo derrotada com parciais de 6-0 e 6-2.
A nível de seleções, o ponto alto de Maria Sharapova surgiu quando a russa conquistou ajudou a Rússia a conquistar a Fed Cup, em 2007, ao vencer a final diante da Itália e quando conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres depois de ter sido derrotada pela norte-americana Serena Williams pelos parciais de 6-0 e 6-1 na grande final.
Ainda assim, como em todas as carreiras, houve momentos menos bons na vida profissional da russa. Maria Sharapova foi suspensa por doping, de janeiro de 2016 a abril de 2017 devido ao uso de uma substância proibida denominada de meldonium, algo que a russa sempre tomou, mas que passou a não ser permitida precisamente no início de 2016.
Por fim, o último torneio que foi jogado por Maria Sharapova foi, precisamente, o Australian Open de 2020 onde caiu na primeira ronda perante a croata Donna Vekic.
Resta-nos agradecer a Maria Sharapova por toda a paixão que sempre colocou em court e que, por vezes, era criticada, sendo certo que a russa é e será sempre um dos maiores nomes do ténis mundial. Obrigado.