Sharapova: «Não quero terminar a minha carreira desta forma e espero ter outra oportunidade»
O mundo do ténis parou para ouvir o que Maria Sharapova tinha a dizer esta segunda-feira em Los Angeles. Depois de rumores de retirada do ténis e de um novo acordo publicitário, a russa deixou toda a gente sem reação quando disse ter acusado positivo num controlo antidoping por uma substância recentemente banida, algo que desconhecia por não ter aberto o email enviado no fim do ano passado.
“Recebi uma carta da ITF a a alertar para o facto de ter falhado um teste de controlo antidoping. Assumo total responsabilidade por isso“, disse Sharapova, “nos últimos dez anos tenho estado a tomar um medicamento chamado mildronate, recomendado pelo meu médico de família. Quando recebi a carta da ITF descobri que também se chamada Meldonium, algo que eu não sabia”.
A número sete do mundo frisou: “durante 10 anos esta substância não era ilegal, e portanto eu estava a consumi-la legalmente. Mas as regras mudaram no dia 1 de janeiro e Meldonium ficou proibida, algo que e não sabia”. A russa referiu que estava a consumir esta substância por problemas que vinham já desde 2006 e pelo registo de diabetes na sua família.
“Cometi um erro enorme. Desiludi os meus fãs, o desporto. Jogo desde os quatro anos e amo tanto isto. Sei que isto tem consequências. Não quero terminar a minha carreira desta forma e espero ter outra oportunidade de jogar este desporto”, acrescentou a jogadora de 28 anos, que respondeu a algumas perguntas dos jornalistas no final mas ainda teve tempo para um momento de descontracção:
“Sei que muitos de vocês pensavam que eu me ia retirar. Se me fosse retirar não ia escolher um hotel na baixa de Los Angeles com esta carpete feia”
Sharapova referiu que recebeu de facto “um email no dia 22 de dezembro da WADA com a lista das novas substâncias banidas”, mas que não a abriu e portanto não teve como saber das nosas substâncias proibidas. “O corpo é meu e assumo inteira responsabilidade. É muito importante ter um boa equipa contigo mas no fim do dia tudo tem a ver comigo mesma”, concluiu a número sete do mundo, que aguarda a sanção da ITF.