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Shapovalov: «Tive uma fase em que odiava o circuito. Não queria viajar, só ficar em casa»
Denis Shapovalov garantiu, esta terça-feira, um lugar na segunda do ATP 500 de Roterdão, marcando encontro com Tomas Berdych. Após a estreia vitoriosa em solo holandês, o canadiano fez algumas revelações que transparecem a inseguranças dos seus 19 anos, que tendem a ser esquecidos quando o vemos em ação no court.
Deu-se a conhecer ao mundo no verão de 2017, alcançando de forma surpreendente as meias-finais do Masters 1000 do Canadá. Derrotou Rafael Nadal perante o seu público, e, com o balanço tomado, rumou ao Open dos Estados Unidos para alcançar os oitavos-de-final, depois de ultrapassar a fase de qualificação. Seguiram-se momentos difíceis. “Depois disso, houve muito alarido e distração, por parte da imprensa e dos patrocinadores”, recordou o atual número 25 mundial ao The Sport Review. “De repente, passei do promissor miúdo que jogava challengers para o alguém que está entre os 50 melhores do mundo. Os holofotes caíram todos sobre mim”.
Shapovalov foi obrigado a crescer mais rápido do que seria suposto. “Não foi fácil, foi muito perturbador”, confessou. “No final dessa temporada, não consegui jogar bem porque a minha cabeça estava noutro lugar. Para ser sincero, no início, tive uma fase em que odiava o circuito, não queria viajar, só queria ficar em casa. Mas aprendi a lidar com isso e a meio da temporada passada comecei a apreciar [o ténis]”. De tal forma, que se vê a carregar a raquete pelos courts por muitos e longos anos.
“Faz parte de mim, agora. Quero fazer isto durante o máximo de tempo possível. Adorava poder jogar tanto tempo como o Roger [Federer]”, revelou. Para já, Shapovalov vai tentar ultrapassar mais um obstáculo – um dos grandes, desta feira – em Roterdão. Luta com Tomas Berdych por um lugar nos quartos-de-final no último encontro da sessão noturna da jornada desta quarta-feira.
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