Sem raquete, sem ténis e sem casaco — Djokovic deu tudo o que tinha

Sem raquete, sem ténis e sem casaco — Djokovic deu tudo o que tinha

Por Susana Costa - janeiro 27, 2019

Sem que tenha dado mais do que nove pontos de borla a Rafael Nadal e recusando-se a ceder mais do que oito jogos durante as duas horas em que se desenrolou a final do Open da Austrália, açambarcando, por sua vez, 34 winners, Novak Djokovic revelou-se, podemos dizê-lo sem culpas, um perfeito egoísta.

Mas se dentro do court meteu tudo o que conseguiu no bolso, deixando o seu maior e mais duro rival de mãos a abanar, naquele que foi o 53.º duelo entre ambos, verdade é que após o match point o sete vezes campeão do Grand Slam australiano só não deu o que não tinha consigo.

Primeiro foi a raquete com que conquistou o troféu na Rod Laver Arena, para desmedida alegria do fã sérvio:

Depois os ténis com que palmilhou o caminho do triunfo, previamente autografados:

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/AustralianOpen/status/1089488943639420929

De seguida, presenteou o fã que arriscou empoleirar-se numa estrutura pouco confiável, para conseguir um autógrafo:

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/AustralianOpen/status/1089505024617652224

Depois? Bom, depois foi tudo o que veio à mão:

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/ChrisMcKendry/status/1089496761251459072

O número um mundial sai de Melbourne Park com o saco da roupa e a mochila dos brindes mais leve, mas com a sacola dos troféus mais pesada que nunca. É agora o jogador com mais títulos conquistados no Open da Austrália (7) e o terceiro jogador da história com mais Grand Slams, atrás de Roger Federer (20) e de Rafael Nadal (17).

Descobriu o que era isto das raquetes apenas na adolescência, mas a química foi tal que a paixão se mantém assolapada até hoje. Pelo meio ficou uma licenciatura em Jornalismo e um Secundário dignamente enriquecido com caderno cujas capas ostentavam recortes de jornais do Lleyton Hewitt. Entretanto, ganhou (algum) juízo, um inexplicável fascínio por esquerdas paralelas a duas mãos e um lugar no Bola Amarela. A escrever por aqui desde dezembro de 2013.