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Sampras: «Djokovic pode passar-me e ganhar 16, 17 Grand Slams»
Pete Sampras é um dos grandes campeões do século passado mas continua a fazer do ténis o seu presente. Sem entrar, agora, nos courts onde foi mais feliz do que qualquer outro jogador antes da entrada do novo milénio, o campeão de 14 títulos do Grand Slam recusa tirar os olhos da bola.
Em entrevista à CNN, a antiga lenda de 44 anos mostrou estar bastante consciente do ténis actual, recusando, desde logo, a existência de um Big Four. “Penso que é o big two”, disse Sampras. “Para ser honesto, esses dois jogadores são os melhores jogadores do mundo”, afirmou o antigo número um, referindo-se a Novak Djokovic e a Roger Federer.
Impressionado com o seu desempenho nos últimos tempos, Sampras não tem dificuldades em prever um futuro tão risonho para o atual número um mundial quanto o presente o tem sido. “Ele é o melhor jogador do mundo e isso é impressionante. Ele é muito bom, mexe-se tão bem, ele tem o pacote todo. Mentalmente, fisicamente, é muito forte”.
Ele é mesmo um dos melhores jogadores de todos os tempos
“Ele está muito focado em ser o melhor do mundo e está a dominar numa altura em que o ténis é muito forte. O seu desempenho nos últimos dois anos foi incrível. Derrotaou o Roger duas vezes no Open dos Estados Unidos e em Wimbledon, venceu o Rafa em Roland Garros. Ele é mesmo um dos melhores jogadores de todos os tempos. Conquistou 11 Majors e tem apenas 28 anos. Se continuar assim nos próximos três, quatro anos, ele pode passar-me facilmente e conquistar 16 ou 17 [Grand Slams]”, continuou Sampras.
Mas Djokovic não é o único jogador que vai deixando Sampras bem impressionado. “Estou maravilhado com o Roger. Ele tem 34 anos e está ainda entre os dois, três melhores do mudo. Continua a lutar pelos Grand Slams e a jogar um grande ténis. Está a jogar melhor agora do que estava há 10 anos. Continua a melhorar”.
Quanto a Rafael Nadal, com quem se encontra empatado na lista dos jogadores com mais Grand Slams conquistados[14], o antigo jogador diz que, apesar do espanhol continuar a lutar por voltar à sua antiga forma, defende que “há alguma coisa que está a faltar no seu jogo”, admitindo não conseguir perceber exatamente o quê.
“Ele está a jogar muitas bolas curtas, não é agressivo. Parece estar muito tenso no court, muito nervoso. Foi um choque para mim quando ele perdeu na terra batida. Mas nunca está acabado para ele. Ele é muito bom, venceu muito. Lamento por ele. Eu tive dois anos em que não joguei bem, perdi a confiança, mas, ainda assim, continuei a ter um bom serviço”, rematou.
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