Ruud incrédulo: «Nunca pensei que a minha primeira final Masters 1000 ia ser aqui»

Durante muito tempo, Casper Ruud era visto como um ‘mero’ especialista em terra batida, mas o norueguês continua a quebrar esse estigma de forma cada vez mais clara. Se dúvidas ainda persistissem, Ruud carimbou o acesso rumo à final do Masters 1000 de Miami, ao bater Francisco Cerundolo, sendo que essa será a primeira vez que irá disputar um título na categoria, algo que, por acontecer em hard court, até surpreende… o próprio.

“Ajudou-me muito já ter tido experiência nas outras rondas. Custou-me a encontrar o ritmo no início, mas depois executei o meu plano. Gosto muito das condições em que se joga este torneio, o court é muito lento comparando com outros hard courts, então adapta-se bem ao meu ténis. Mas nunca pensei que a minha primeira final Masters 1000 ia ser aqui”, confessou.

Mas o que é que mudou para Ruud no piso rápido? O próprio explica. “O clique mental para melhorar em hard courts foi no ano passado na Austrália, quando fui à quarta ronda. Nunca me sentia mal a jogar em piso rápido, mas esse resultado deu-me muita confiança. Dei continuidade com vários quartos-de-final em grandes torneios em hard court e agora a minha mentalidade é muito diferente. Cada vez que entro em campo nesta superfície sinto que posso estar bem. As ATP Finals também ajudaram, ao fazer meias-finais”, atirou.

Questionado sobre o seu lugar numa geração com Zverev, Tsitsipas ou Medvedev, Ruud foi pragmático. “É óbvio que todos eles já conseguiram melhores resultados do que eu e vão estar na elite durante os próximos 10 ou 15 anos. Só quero fazer parte desse grupo também, não faz mal se não falarem de mim. Talvez seja menos conhecido por vir de um país pequeno e sem tradição tenística, mas se continuar a ter bons resultados em torneios importantes isso vai mudar rapidamente”, rematou.