Rui Machado: «O piso é bastante rápido e a bola não salta muito»
Rui Machado, um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos e atual selecionador português, garante que “garra não vai faltar”a Portugal na eliminatória com a Bielorrússia, referente ao Grupo 1 da Zona Europa/África da Taça Davis, que vai decorrer em Minsk.
No piso rápido do Republic Olympic Tennis Center, esta sexta-feira e sábado, as duas equipas vão disputar o acesso à fase de qualificação da Davis Cup Finals de 2020 e Rui Machado assegura que “a equipa está bem” para tentar vencer o duelo. “Os nossos jogadores estão em forma e em bom momento. Sinto que a equipa está bastante disponível para encarar esta eliminatória da melhor maneira e com o maior profissionalismo possível. Estamos conscientes da dificuldade do objetivo, que é a vitória, mas acho que a equipa está bem”, sublinhou à agência Lusa o capitão da formação das ‘quinas’.
Apesar de ter feito uma alteração à habitual equipa, optando por deixar de fora Gastão Elias, a recuperar de uma lesão no cotovelo, e convocar Frederico Silva, Machado considera que “os quatro convocados são os melhores para encarar esta eliminatória com a Bielorrússia”. “O João Sousa vem de um grande resultado no US Open, na vertente de pares, vem rodado e com vitórias. O João Domingues passou uma ronda do ‘qualifying’ do US Open e fez um grande encontro na ronda seguinte contra um adversário bastante difícil. O Frederico Silva tem feito bons resultados nos torneios mais recentes do circuito Challenger e o Pedro Sousa recuperou a forma e tem alcançado também bons resultados nos últimos meses”, explicou.
Confiante na “qualidade, profissionalismo, competência e entrega dos jogadores portugueses, que já demonstraram nos últimos anos que são capazes de fazer grandes resultados e grandes exibições”, o capitão português mostra, contudo, estar consciente das mais valias da equipa adversária, que vai jogar em casa e nas suas condições.
“O piso é bastante rápido e a bola não salta muito. São as condições escolhidas por eles e vai-nos obrigar a um trabalho de adaptação, porque são pisos em que os jogadores não jogam normalmente no circuito profissional. Mas é o que temos e é com este piso que vamos tentar a vitória”, afirmou.
Além da superfície mais favorável aos anfitriões, Rui Machado destaca a qualidade dos adversários. “Têm dois jogadores muito bons e que chegam à Taça Davis em forma. O número dois [Ilya Ivashka, 135.º ATP] já esteve no top-100 e fez um excelente US Open, tal como o número um [Egor Gerasimov, 119.º) que passou o ‘qualifying’ e uma ronda. A Bielorrússia é um adversário de grande dificuldade”, frisou.
Apesar de preferir não falar em favoritismos, “por haver muitas variáveis a ponderar, como o ‘ranking’, que é bastante justo, o fator casa, que é muito importante, e a escolha do piso”, Machado lembra que “os jogadores na Taça Davis, muitas vezes, superam-se e jogam acima daquilo que é o seu ‘ranking'”. “E é isso que vamos tentar fazer, jogar o nosso melhor, superarmo-nos nos momentos decisivos, para que os pontos importantes caiam para o nosso lado e possamos chegar à vitória”, finalizou o capitão português da Taça Davis.