Roland Garros 2023: as previsões da equipe do Bola Amarela
Como não podia deixar de ser, lançamos as nossas apostas para Roland Garros 2023. Os campeões, potencias surpresas e desilusões estão detalhados abaixo. Já acertamos em cheio, já falhamos feio… Como será este ano?
CAMPEÃO MASCULINO
José Morgado – Carlos Alcaraz: o jovem espanhol tem sido, claramente, o melhor jogador do ano no saibro, com 20 vitórias, dois títulos e mais uma final. Chega a Paris como número 1 e em uma fase que transmite mais confiança do que Novak Djokovic, que no papel continua a ser o homem a ser batido…
Pedro Gonçalo Pinto – Novak Djokovic: não vejo concorrência feroz até a uma hipotética semifinal com Alcaraz, o que faz com que o sérvio possa ir construindo com calma o seu jogo e sua confiança. Nessas rodadas finais, ninguém nesta chave sabe tão bem o que fazer como ele. A experiência vale muito e Nole se agiganta nestes momentos. Até porque sabe que se ainda quer sonhar com o calendar Grand Slam, este ano pode ser o último em que tem chances realistas.
Bruno da Silva – Carlos Alcaraz: a derrota para Marozsan em Roma pode ter sido um sinal de alerta, mas acredito que não vai pesar para Alcaraz. O espanhol tem um retrospecto incrível em saibro e já chega sem a pressão da busca pelo primeiro Slam. É o favorito.
Marcela Linhares – Novak Djokovic: sabemos que ainda existe uma diferença muito grande entre jogar Grand Slam e disputar o resto do circuito. Acho que a experiência vai fazer a diferença mesmo que Djokovic não tenha apresentado seu melhor nível de tênis nos últimos meses.
Thomas Alencar – Daniil Medvedev: apesar de não ter um histórico bom em Roland Garros, o russo chega para o torneio francês com muita moral por já ter cinco títulos em 2023, no qual acabou sendo campeão do Masters 1000 de Miami e Roma, o último no fim de semana passado. Medvedev tem crescido bastante no saibro no ano.
DARK HORSE MASCULINO
José Morgado – Stan Wawrinka: O campeão de 2015 tem uma chave bastante boa para um não cabeça de chave. Que bonito seria vê-lo chegar a uma segunda semana aos 38 anos?
Pedro Gonçalo Pinto – Ugo Humbert: o francês perdeu na primeira rodada em Madrid e Roma para Ruusuvuori e em ambas vezes seguiu para vencer Challengers 175 na segunda semana de cada um desses Masters 1000. De volta ao posto de número 1 francês e sem lesões, pode bater Mannarino de entrada, depois Sonego ou Shelton e, no mínimo, provocar calafrios a Andrey Rublev.
Bruno da Silva – Tomás Etcheverry: argentino vem de grande evolução na temporada de saibro e tem uma chave favorável para chegar pelo menos até a quarta rodada. Até hoje, só tem uma vitória em Majors.
Marcela Linhares – Karen Khachanov: tem jogado de forma impressionante desde o US Open no ano passado e foi longe no Australian Open. Acredito que possa chegar na segunda semana também em Roland Garros.
Thomas Alencar – Tomás Etcheverry: o argentino perdeu o Challenger de Bourdeaux para Humbert, mas se destaca a evolução, onde teve campanha com vitória em todos os jogos por 2 a 0 até antes da final, subindo 12 posições na ATP após a competição.
PRIMEIRO TOP 10 A CAIR
José Morgado – Felix Auger-Aliassime: A fase é duvidosa — física e tenística — e a chave não é fácil. Não me admirava vê-lo perder na primeira semana…
Pedro Gonçalo Pinto – Taylor Fritz: arrisco dizer que nenhum top 10 cai antes da terceira rodada. Aí, o primeiro — ou um dos — será o norte-americano, com um potencial duelo muito traiçoeiro com Francisco Cerúndolo. Muita atenção ao que o argentino poderá fazer em Paris.
Bruno da Silva – Felix Auger-Aliassime: não vejo nenhum top 10 com um caminho tão difícil até pelo menos a terceira rodada, mas Aliassime vem de uma péssima temporada de saibro e encara Fognini na primeira fase.
Marcela Linhares – Felix Auger-Aliassime: tem jogo duro logo na estreia contra Fabio Fognini e está longe daquele nível que vimos no ano passado. Não conseguiu aprontar nada em Madrid e Roma e só foi vencer o primeiro jogo de saibro esse ano em Lyon. Não sei, não…
Thomas Alencar – Felix Auger-Aliassime: Aliassime não faz uma boa temporada e não tem demostrado confiança nos últimos jogos.
CAMPEÃ FEMININA
José Morgado – Iga Swiatek: A polonesa não tem sido a melhor tenista do ano — nem sequer foi a melhor em uma gira de saibro muito aberta, mas é a jogadora a ser batida em Paris novamente. Qualquer cenário que acabe com outra campeã será surpreendente.
Pedro Gonçalo Pinto – Iga Swiatek: não vai ser um passeio, mas a polonesa é ultra competitiva e deve estar ansiosa por encarar este desafio. Defender o título quando se fala cada vez mais de Aryna Sabalenka e Elena Rybakina será uma prova de força e autoridade.
Bruno da Silva – Aryna Sabalenka: belarussa já mostrou que bate bater qualquer uma, inclusive Iga Swiatek e no saibro. Número 2 do mundo vai sair de Paris perto da número 1.
Marcela Linhares – Iga Swiatek: vem de lesão e não sabemos como está seu nível no momento, mas ainda acredito que seja um nome a ser batido. Principalmente quando estamos falando de saibro.
Thomas Alencar – Iga Swiatek: polonesa vem fazendo uma enorme temporada e com domínio completo. A desistência na semifinal do WTA 1000 de Roma foi apenas um desvio no percurso.
DARK HORSE FEMININO
José Morgado – Jelena Ostapenko: A campeã de 2017 chega a Paris fora do top 20, mas em uma forma que lhe permite sonhar. E sua chave é bastante negociável…
Pedro Gonçalo Pinto – Mirra Andreeva: sim, tem 16 anos. Mas parece que não se cansa de ganhar e vai mostrando ser um caso muito sério. A russa é um fenômeno e tem uma chave negociável, com Anhelina Kalinina e Coco Gauff como cabeças de chave no caminho até as oitavas de final. Vejo-a na segunda semana em Paris.
Bruno da Silva – Marketa Vondrousova: apesar de ainda estar fora do top 50, Vondrousova vem de resultados consistentes em quase todos os torneios na temporada. Tem uma chave favorável e já foi vice em Roland Garros.
Marcela Linhares – Anhelina Kalinina: resiliência é com ela. Mostra muita garra em quadra e infelizmente teve que se retirar da maior final da carreira recentemente. Vai vir com sangue nos olhos nesse Slam.
Thomas Alencar – Mirra Andreeva: russa de apenas 16 anos já é um fenômeno, passando o qualificatório de Roland Garros com vitórias arrasadoras nos dois jogos iniciais e derrotando a difícil Camila Osorio na terceira rodada. No último torneio em Madrid, eliminou a brasileira Bia Haddad e caiu ‘apenas’ para Sabalenka. Tem um enorme potencial.
PRIMEIRA TOP 10 A CAIR
José Morgado – Coco Gauff: há várias hipóteses aqui — Sakkari e Pegula têm primeiras rodadas mais difíceis –, mas Coco Gauff tem vivido um pesadelo nos últimos meses e a sua chave não é grande coisa..
Pedro Gonçalo Pinto – Maria Sakkari: o mais curioso nesta escolha é que se a grega ultrapassar o duríssimo duelo com Karolina Muchova, pode parar só nas semifinais. Mas arrancar diante da tcheca é um perigo enorme, até porque se trata de uma jogadora que já bateu Sakkari duas vezes em terra batida, uma delas em Roland Garros… no ano passado.
Bruno da Silva – Maria Sakkari: grega não vem mostrando muita confiança ou resultados consistentes e tem uma estreia duríssima contra Karolina Muchova.
Marcela Linhares – Maria Sakkari: caiu cedo em Stuttgart e Roma. Já foi semifinalista em Roland Garros, mas não me passa aquela confiança de que vai longe dessa vez. Vamos aguardar…
Thomas Alencar – Maria Sakkari: grega vem de torneios irregulares, onde avançou até a semifinal de Madrid, mas caiu precocemente em Roma. Não tem demostrado muita confiança nos últimos jogos.