Roland Garros 2023: as previsões da equipe do Bola Amarela

Roland Garros 2023: as previsões da equipe do Bola Amarela

Por Bola Amarela - maio 27, 2023
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epa09932235 Carlos Alcaraz (R) of Spain celebrates winning against Novak Djokovic (L) of Serbia during their Mutua Madrid Open tennis tournament’s semifinal match at Caja Magica sport complex in Madrid, Spain, 07 May 2022. EPA/JUANJO MARTIN

Como não podia deixar de ser, lançamos as nossas apostas para Roland Garros 2023. Os campeões, potencias surpresas e desilusões estão detalhados abaixo. Já acertamos em cheio, já falhamos feio… Como será este ano?

CAMPEÃO MASCULINO

José Morgado – Carlos Alcaraz: o jovem espanhol tem sido, claramente, o melhor jogador do ano no saibro, com 20 vitórias, dois títulos e mais uma final. Chega a Paris como número 1 e em uma fase que transmite mais confiança do que Novak Djokovic, que no papel continua a ser o homem a ser batido…

Pedro Gonçalo Pinto – Novak Djokovic: não vejo concorrência feroz até a uma hipotética semifinal com Alcaraz, o que faz com que o sérvio possa ir construindo com calma o seu jogo e sua confiança. Nessas rodadas finais, ninguém nesta chave sabe tão bem o que fazer como ele. A experiência vale muito e Nole se agiganta nestes momentos. Até porque sabe que se ainda quer sonhar com o calendar Grand Slam, este ano pode ser o último em que tem chances realistas.

Bruno da Silva – Carlos Alcaraz: a derrota para Marozsan em Roma pode ter sido um sinal de alerta, mas acredito que não vai pesar para Alcaraz. O espanhol tem um retrospecto incrível em saibro e já chega sem a pressão da busca pelo primeiro Slam. É o favorito.

Marcela Linhares – Novak Djokovic: sabemos que ainda existe uma diferença muito grande entre jogar Grand Slam e disputar o resto do circuito. Acho que a experiência vai fazer a diferença mesmo que Djokovic não tenha apresentado seu melhor nível de tênis nos últimos meses.

Thomas Alencar – Daniil Medvedev: apesar de não ter um histórico bom em Roland Garros, o russo chega para o torneio francês com muita moral por já ter cinco títulos em 2023, no qual acabou sendo campeão do Masters 1000 de Miami e Roma, o último no fim de semana passado. Medvedev tem crescido bastante no saibro no ano.

DARK HORSE MASCULINO

José Morgado – Stan Wawrinka: O campeão de 2015 tem uma chave bastante boa para um não cabeça de chave. Que bonito seria vê-lo chegar a uma segunda semana aos 38 anos?

Pedro Gonçalo Pinto – Ugo Humbert: o francês perdeu na primeira rodada em Madrid e Roma para Ruusuvuori e em ambas vezes seguiu para vencer Challengers 175 na segunda semana de cada um desses Masters 1000. De volta ao posto de número 1 francês e sem lesões, pode bater Mannarino de entrada, depois Sonego ou Shelton e, no mínimo, provocar calafrios a Andrey Rublev.

Bruno da Silva – Tomás Etcheverry: argentino vem de grande evolução na temporada de saibro e tem uma chave favorável para chegar pelo menos até a quarta rodada. Até hoje, só tem uma vitória em Majors.

Marcela Linhares – Karen Khachanov: tem jogado de forma impressionante desde o US Open no ano passado e foi longe no Australian Open. Acredito que possa chegar na segunda semana também em Roland Garros.

Thomas Alencar – Tomás Etcheverry: o argentino perdeu o Challenger de Bourdeaux para Humbert, mas se destaca a evolução, onde teve campanha com vitória em todos os jogos por 2 a 0 até antes da final, subindo 12 posições na ATP após a competição.

PRIMEIRO TOP 10 A CAIR

José Morgado – Felix Auger-Aliassime: A fase é duvidosa — física e tenística — e a chave não é fácil.  Não me admirava vê-lo perder na primeira semana…

Pedro Gonçalo Pinto – Taylor Fritz: arrisco dizer que nenhum top 10 cai antes da terceira rodada. Aí, o primeiro — ou um dos — será o norte-americano, com um potencial duelo muito traiçoeiro com Francisco Cerúndolo. Muita atenção ao que o argentino poderá fazer em Paris.

Bruno da Silva – Felix Auger-Aliassime: não vejo nenhum top 10 com um caminho tão difícil até pelo menos a terceira rodada, mas Aliassime vem de uma péssima temporada de saibro e encara Fognini na primeira fase.

Marcela Linhares – Felix Auger-Aliassime: tem jogo duro logo na estreia contra Fabio Fognini e está longe daquele nível que vimos no ano passado. Não conseguiu aprontar nada em Madrid e Roma e só foi vencer o primeiro jogo de saibro esse ano em Lyon. Não sei, não…

Thomas Alencar – Felix Auger-Aliassime: Aliassime não faz uma boa temporada e não tem demostrado confiança nos últimos jogos.

CAMPEÃ FEMININA

José Morgado – Iga Swiatek: A polonesa não tem sido a melhor tenista do ano — nem sequer foi a melhor em uma gira de saibro muito aberta, mas é a jogadora a ser batida em Paris novamente. Qualquer cenário que acabe com outra campeã será surpreendente.

Pedro Gonçalo Pinto – Iga Swiatek: não vai ser um passeio, mas a polonesa é ultra competitiva e deve estar ansiosa por encarar este desafio. Defender o título quando se fala cada vez mais de Aryna Sabalenka e Elena Rybakina será uma prova de força e autoridade.

Bruno da Silva – Aryna Sabalenka: belarussa já mostrou que bate bater qualquer uma, inclusive Iga Swiatek e no saibro. Número 2 do mundo vai sair de Paris perto da número 1.

Marcela Linhares – Iga Swiatek: vem de lesão e não sabemos como está seu nível no momento, mas ainda acredito que seja um nome a ser batido. Principalmente quando estamos falando de saibro.

Thomas Alencar – Iga Swiatek: polonesa vem fazendo uma enorme temporada e com domínio completo. A desistência na semifinal do WTA 1000 de Roma foi apenas um desvio no percurso.

DARK HORSE FEMININO

José Morgado – Jelena Ostapenko: A campeã de 2017 chega a Paris fora do top 20, mas em uma forma que lhe permite sonhar. E sua chave é bastante negociável…

Pedro Gonçalo Pinto – Mirra Andreeva: sim, tem 16 anos. Mas parece que não se cansa de ganhar e vai mostrando ser um caso muito sério. A russa é um fenômeno e tem uma chave negociável, com Anhelina Kalinina e Coco Gauff como cabeças de chave no caminho até as oitavas de final. Vejo-a na segunda semana em Paris.

Bruno da Silva – Marketa Vondrousova: apesar de ainda estar fora do top 50, Vondrousova vem de resultados consistentes em quase todos os torneios na temporada. Tem uma chave favorável e já foi vice em Roland Garros.

Marcela Linhares – Anhelina Kalinina: resiliência é com ela. Mostra muita garra em quadra e infelizmente teve que se retirar da maior final da carreira recentemente. Vai vir com sangue nos olhos nesse Slam.

Thomas Alencar – Mirra Andreeva: russa de apenas 16 anos já é um fenômeno, passando o qualificatório de Roland Garros com vitórias arrasadoras nos dois jogos iniciais e derrotando a difícil Camila Osorio na terceira rodada. No último torneio em Madrid, eliminou a brasileira Bia Haddad e caiu ‘apenas’ para Sabalenka. Tem um enorme potencial.

PRIMEIRA TOP 10 A CAIR

José Morgado – Coco Gauff: há várias hipóteses aqui — Sakkari e Pegula têm primeiras rodadas mais difíceis –, mas Coco Gauff tem vivido um pesadelo nos últimos meses e a sua chave não é grande coisa..

Pedro Gonçalo Pinto – Maria Sakkari: o mais curioso nesta escolha é que se a grega ultrapassar o duríssimo duelo com Karolina Muchova, pode parar só nas semifinais. Mas arrancar diante da tcheca é um perigo enorme, até porque se trata de uma jogadora que já bateu Sakkari duas vezes em terra batida, uma delas em Roland Garros… no ano passado.

Bruno da Silva – Maria Sakkari: grega não vem mostrando muita confiança ou resultados consistentes e tem uma estreia duríssima contra Karolina Muchova.

Marcela Linhares – Maria Sakkari: caiu cedo em Stuttgart e Roma. Já foi semifinalista em Roland Garros, mas não me passa aquela confiança de que vai longe dessa vez. Vamos aguardar…

Thomas Alencar – Maria Sakkari: grega vem de torneios irregulares, onde avançou até a semifinal de Madrid, mas caiu precocemente em Roma. Não tem demostrado muita confiança nos últimos jogos.