Roger Federer: «Foi um misto de genialidade e loucura»
Já a apelidam de pancada do ano, aquela que saiu da raquete de Benoit Paire na primeira ronda em Paris Bercy, mas, se dúvidas ainda houvesse sobre a genialidade do momento, Roger Federer vem acabar definitivamente com elas.
O campeoníssimo suíço, autor das inúmeras e variadas proezas com níveis inimagináveis de magia durante a sua interminável carreira, não escondeu a sua admiração e o seu entusiasmo com uma jogada que entra para o lote das que só por sorte se conseguem engendra mais do que uma vez na vida.
“Achei a pancada incrível”, começou por dizer o helvético de 34 anos aos jornalistas logo após ter despachado Andreas Seppi na segunda ronda do Masters 1000 gaulês. “Todos os jogadores gostam de executar pancadas daquelas. Que se podem conseguir apenas uma vez durante a carreira”, acrescentou.
“Benoit é o tipo de jogador que gosta de tentar pancadas destas e isso é bom para todos: para ele, para o adversário, para os medias e para os espetadores, que gostam de algum entretenimento quando vão ver ténis”, salientou Federer, admitindo estar “satisfeito por ver Benoit e outros jogadores a fazerem mais do que apenas o habitual”.
O sábio explica como se faz
E porque tem legitimidade de sobra para falar de magia dentro de linhas, Federer toma a liberdade de ensinar como se faz. “É preciso abrir a raquete até ao máximo, mas tem de se ter cuidado para não abrir demais, caso contrário a bola enrola e faz-se figura de parvo. O mais difícil é tirar a velocidade que a bola traz, diminuir a velocidade”, alerta o recordista de títulos do Grand Slam (17).
“Além disso, o Benoit apanhou a bola bem em baixo. Conseguiu um ângulo fabuloso e deu-lhe efeito para controlar a bola. Foi uma mistura de genialidade e loucura”, afirmou Federer, dando mérito em quem, em vez da raquete, tinha a câmara entre as mãos: “foi mito bem filmado”.