Rafael Nadal não está surpreendido com a decisão de Roger Federer em abdicar de Roland Garros
Em conferência de imprensa de apresentação no Masters de Roma, o recente campeão do Masters de Madrid, Rafael Nadal abordou vários temas que vão dominando a atualidade. A sua boa forma nos torneios de terra batida e a ausência de Roger Federer em Roland Garros foram naturalmente alguns deles. Mas a possibilidade de voltar a ser número 1 mundial também não deixou de ser assunto.
O maiorquino apresentou-se em Roma precisamente um dia depois de ter conquistado o Masters de Madrid, algo que motivou algumas questões relativamente ao apertado calendário que vai tendo. “Não é algo de novo para mim, inclusivamente creio que hoje em dia há menos torneios em terra batida. Mas o importante é que o circuito mundial preserva a época de terra e a de relva, superfícies muito importantes para o nosso desporto. Não é necessário pensarmos em soluções, as coisas não vão mudar, pelo menos agora”.
“Sinto-me bem em todas as superfícies”
“Ganhei três torneios, estou a jogar bem. Sinto-me feliz com as minhas prestações em todas as superfícies, é importante ter um bom começo”, refere Nadal em relação ao bom momento de forma, antes de elogiar o quinto Masters da temporada. “Tenho muito boas recordações destes courts (Roma), uma grande quantidade de encontros importantes da minha carreira foram jogados aqui. Estou feliz por estar de volta”.
O que não podia faltar nesta conferência de imprensa era a opinião de Nadal relativamente à ausência de um dos seus maiores rivais, Roger Federer, de Roland Garros, algo que não surpreende o espanhol. “Surpreendente teria sido o oposto. Cada um programa a temporada como acha melhor. Creio que a sua decisão é lógica. Se não jogou nenhum torneio em terra batida até agora, não tinha sentido começar logo no mais importante”. O número 4 mundial complementa a sua opinião admitindo que hoje em dia é mais difícil proceder à troca de superfícies em comparação com os anos 80 e 90, bem como mudar o chip de um Masters 1000 para um Grand Slam.
“(Ser líder do ranking) É algo que não me preocupa”
Por fim, e se Nadal voltasse a ser número 1 do ranking mundial? “Quero estar o mais alto possível, isso significaria que estava a jogar bem. Mas não é algo que me preocupe. Vou planear o meu calendário e logo vemos o que passa. Preocupa-me sentir-me bem, ser competitivo e estar feliz com o meu jogo”, algo que o espanhol está a sentir nesta fase da carreira. “Sinto-me competitivo em todos os encontros e isso faz-me feliz”.