Rafa Nadal: «Quem não tem dúvidas é arrogante»

Rafa Nadal: «Quem não tem dúvidas é arrogante»

Por José Morgado - junho 6, 2022

Rafael Nadal foi entrevistado esta segunda-feira pelo canal espanhol ‘Antena 3’, onde voltou a celebrar a conquista do troféu número 14 em Roland Garros, O espanhol garante que nada mudará na sua personalidade depois de mais este título e a insiste na ideia de que mantém as dúvidas sobre o seu futuro.

COMO SE FESTEJA O TÍTULO NÚMERO 14 EM PARIS

Sou uma pessoa bastante calma, não sou de grandes euforias. Acordei feliz: foram duas semanas muito emocionantes, também difíceis, pois viemos de uma situação bastante complicada, mas no final conseguimos algo que parecia quase impossível há algumas semanas. Tudo o que tinha de ser feito foi feito para tentar ter uma hipótese de vencer e tudo saiu da melhor maneira possível. Agradeço às pessoas que estão comigo diariamente
COMO É JOGAR COM O PÉ DORMENTE
É melhor jogar assim do que jogar com dores, isso sem dúvida (risos). Como estava em Roma não tinha hipóteses. É um assunto que não pode ser prolongado no tempo: é evidente que, tentar jogar injetado para conseguir o que consegui aqui, valeu a pena. Eles anestesiaram o meu pé à distância, deram-me bloqueios nervosos com anestesia.
VITÓRIA SOBRE DJOKOVIC SURPREENDEU-O?
Nem sempre acho que vou ganhar. Não era favorito contra o Djokovic. Roland Garros tem algo especial e cheguei aos quartos-de-final tendo vencido quatro encontros, por isso cheguei com um pouco mais de treino e isso ajudou-me. Fiz o meu melhor encontro do torneio e o público esteve comigo. É um daqueles dias em que jogamos contra um dos nossos grandes rivais e a realidade é que foi um encontro fundamental…
ESPERANÇAS NO NOVO TRATAMENTO
Vamos passo a passo. Não sou uma pessoa de olhar muito à frente. Infelizmente tive vários problemas ao nível de lesões na minha vida, por isso tento pensar em fazer o que temos que fazer em cada momento. Vou ver se com este tratamento posso melhorar as minhas dores: se funciona, fantástico e, se não, será hora de fazer outra abordagem que não posso dizer já, até porque nem sei…
Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com