Puig aponta regresso para Madrid: «Voltar a ganhar um encontro será uma vitória enorme»
Com apenas três encontros disputados – tudo derrotas – desde setembro de 2020, Monica Puig está prestes a terminar um autêntico calvário. Castigada por lesões no cotovelo e no ombro, a porto-riquenha chegou mesmo a pensar em colocar um ponto final na carreira e até se aventurou pelo mundo dos comentários, mas a verdade é que a paixão pela competição falou mais alto. E depois de toda a dor, aponta o regresso para o WTA 1000 de Madrid.
Um momento que tem tudo para ser muito especial para a campeã olímpica de 2016, que viveu muitas dificuldades desde então. “Quando estou a comentar encontros, penso sempre que o que queria mesmo era estar a jogar. Já houve vezes em que até me vieram as lágrimas aos olhos. Mas no fim sinto-me agradecida por estar tão perto da ação. Tem sido uma grande experiência que vou guardar comigo para sempre. Não quero que acabe aqui, é algo que me vejo a fazer a longo prazo, quando terminar a minha carreira, seja isso quando for”, confessou ao WTA.
A verdade é que agora trabalhou duro na recuperação para voltar a competir. “Dizem que todas as coisas acontecem por uma razão, mas na altura não era capaz de entender o porquê de estar a passar por aquelas lesões todas. No fim, acho que tudo me deu uma nova motivação para voltar ao desporto. Hoje em dia valorizo muito mais as vitórias do passado e dão-me força para não desistir. Se puder ir para court num torneio do Grand Slam ou qualquer outro, e voltar a ganhar um encontro será uma vitória enorme, maior do que eu possa imaginar”, confessou.
Puig admitiu ainda que chegou a passar-lhe pela cabeça desistir do ténis, mesmo tendo apenas 28 anos. “A minha mãe perguntou-me se eu realmente queria deixar o ténis. Ela sabe o tempo e a energia que teria de colocar no processo para ficar bem, toda a dor que eu ia sofrer. Disse que se tivesse de passar por outra operação, então desistia. Mas quando fui operada a segunda vez, disse que não havia hipótese de me retirar. Queria lutar e voltar à fisioterapia, não interessava quão doloroso fosse. Agora está tudo no caminho certo”, rematou.