Presidente da ATP defende calendário e pede aos tenistas que joguem... menos exibições

Presidente da ATP defende calendário e pede aos tenistas que joguem… menos exibições

Por José Morgado - dezembro 7, 2024
andrea-gaudenzi_1296395Photogallery

Andrea Gaudenzi, presidente do ATP Tour, respondeu em uma entrevista ao jornal francês L’Equipe às críticas feitas nos últimos meses pelos tenistas em relação ao calendário de torneios e revelou as medidas adotadas pela entidade.

Gaudenzi justificou as recentes alterações em alguns Masters 1000, que passaram de 7 para 12 dias de duração, e sugeriu que os tenistas optem por jogar menos exibições para ter mais dias de descanso: “Não é como no futebol ou no basquete, onde os jogadores são contratados por um clube. Os nossos jogadores são autônomos e podem decidir seus próprios horários. Sim, o ranking os obriga a jogar, mas isso depende principalmente dos torneios mais importantes, os Grand Slams, os Masters 1000 e as ATP Finals. Decidimos fortalecer os Masters 1000, mas, neste novo formato (12 dias), quem chegar à final disputa apenas uma partida a mais do que no formato anterior. Além disso, alguns jogadores optam por fazer muitas exibições fora do circuito. Isso não é visto em outros esportes. A questão é se você investe no circuito ou fora dele. Encurtar a temporada? Sim, mas, para isso, seria necessário reduzir o número de torneios ATP 250. Os jogadores também podem decidir jogar menos exibições e passar mais tempo descansando.”

Gaudenzi voltou a apelar à união: “Todos devem sentar-se à mesa: a ATP, a WTA, os Grand Slams (Australian Open, Roland Garros, Wimbledon, US Open), a ITF (Federação Internacional de Tênis). Para mim, é a única forma de manter o tênis vivo. Estamos trabalhando por uma grande união. Ainda não é um acordo fechado, mas há definitivamente uma aproximação com a WTA para unir recursos.”

Leia também:

– Retrospectiva 2024: cinco tenistas que mais decepcionaram no circuito WTA
– Bia Haddad revela história curiosa antes da conquista do primeiro título na carreira
– Bia Haddad projeta futuro e revela objetivos para 2025: “Pronta para ganhar um Grand Slam”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com