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Andrea Petkovic: «Sinto-me inútil»
A melhor versão de Andrea Petkovic é cada vez mais uma memória distante. A alemã que em 2011 fez parte das dez melhores do ranking WTA graças a presenças nos quartos de final dos Opens da Austrália e Estados Unidos e de Roland Garros (com o título em Estrasburgo pelo meio) tarda em conseguir voltar a esses tempos vitoriosos.
Eliminada prematuramente pelo terceiro torneio consecutivo, a tenista de Tuzla até já esteve pior. Continua a estar dentro das trinta primeiras da hierarquia e tem marcado presença nos quadros principais dos maiores torneios. No entanto, a derrota em Charleston perante Monica Puig constituiu mais um episódio negativo e ilustrativo do que têm sido os últimos meses da jogadora alemã.
A defender o estatuto de sexta pré-designada na prova americana e isenta da primeira ronda, calhou-lhe em sorte a referida jogadora de Porto Rico. O encontro começou de forma perfeita para Petkovic que se apanhou a vencer por 5-2 no primeiro parcial. Foi precisamente aí que começou a correr mal:
“Não consigo jogar assim” gritava Petkovic para o seu treinador Simon Goffin, que tentou tranquilizar a sua atleta. Mas não havia nada a fazer. Uma péssima linguagem corporal associada a uma série de más pancadas ditaram uma reviravolta para Puig que virou de 2-5 para 7-5. Claro que aquele set ficou cravado na cabeça de Petkovic que viria a perder o encontro 7-5 e 6-2.
“Estou em boa forma, sim, mas de nada serve se depois não consigo jogar o encontro. Eu tento mas juro que não depende tudo de mim. Sou uma inútil, sinto-me uma inútil. Não sei o que está a acontecer mas não aguento esta situação.” dizia Petkovic repetidamente ao seu treinador, incapaz de se focar totalmente no que tinha de fazer em court. “Tenho demasiadas emoções, não consigo concentrar-me nisto nem ser positiva.”
Era a quarta derrota consecutiva da alemã que não conseguiu prolongar a boa prestação que teve em Doha, onde caiu apenas nas meias perante a jovem Jelena Ostapenko. Desde esse encontro conta derrotas nas primeiras rondas de Indian Wells (Strycova), Miami (Garcia) e Charleston (Puig). Um duríssimo mês de março que agora se estende por abril. O seu início de ano também não foi brilhante com destaque para a queda logo da primeira ronda do Open da Austrália frente a Kulichkova. Em 2016, conta oito vitórias e oito derrotas. Um registo algo irregular.
Petkovic é uma atleta trabalhadora e muito popular. Porém, falta-lhe algo para atingir a regularidade de que precisa como de pão para a boca. Segue-se agora a Fed Cup (frente à Roménia) onde terá a oportunidade de sacudir estes maus resultados que nem ela própria consegue explicar. O que toda a gente espera é voltar a ver a melhor Andrea Petkovic, uma tenista que tem como imagem de marca a abnegação, a garra e que deixa tudo em campo.
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