This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Perto da aposentadoria, árbitro Carlos Bernardes reflete sobre carreira de 40 anos: “Não parece a vida real”
O juiz brasileiro Carlos Bernardes vai encerrar nesta temporada uma marcante carreira de 40 anos. O US Open será seu último Slam da carreira e ele relembrou sua trajetória em entrevista ao site do Slam americano.
Seu primeiro contato com o tênis foi… pulando a cerca de um clube. “Quando tinha 13 anos, eu e meus amigos pulávamos a cerca de um clube para jogar nos fins de semana. Tínhamos algumas raquetes e costumávamos jogar na rua, mas então eu achei esse lugar. Um dia, o chefe do clube estava lá nos esperando. Ele nos olhou e disse: “Por que vocês não vêm jogar com pessoas normais? Venham e se associem“, lembra.
O primeiro contato com a arbitragem foi em 1984. Pouco após a morte de seu pai, Bernardes se tornou técnico, ainda adolescente, no São Caetano Sports Club, em São Paulo. O Clube Pinheiros acabou recebendo um confronto da antiga Fed Cup (atual Billie Jean King Cup) e, na necessidade de juízes de linha, ele se voluntariou.
Leia também:
– Bia Haddad fala sobre marcação polêmica no US Open: “Lance discutível”
– Swiatek recebeu recomendação de Bia Haddad e está lendo mais durante o US Open
– Putintseva pede desculpa pela atitude com gandula no US Open
E não parou mais. Até o início dos anos 1990, ele seguia sendo treinador, mas alternava com o trabalho juiz em torneios da América do Sul e também com a faculdade de Engenharia Mecânica, até que em 1992 ele se tornou um juiz full-time.
Durante a gloriosa carreira, ele foi o umpire de duas finais de simples do US Open, uma de Wimbedon, outra do ATP Finals e de cinco Jogos Olímpicos. Além disso, ele é figura comum nas arquibancadas dos torneios para assistir, como um grande fã do esporte.
Neste ano, ele recebeu várias homenagens, como no ATP 500 de Barcelona — um lugar onde ele trabalhou mais de 30 vezes e que foi marcante pelo seu retorno em 2021, após sofrer um ataque cardíaco meses antes — e no ATP 250 de Estoril.
“Eu não vim de uma família rica e, depois de todo esse tempo, eu percebi que visitei mais de 100 países, conheci pessoas simples e até presidentes, não parece a vida real“, admite. “É muito legal quando jogadores, diretores de torneios, o público, vêm falar com você. Eu realmente agradeço ao amor de todos“.
- Categorias:
- ATP World Tour
- Brasil