Pegula admite que floresceu tarde no circuito, mas não deixa de sonhar

Pegula admite que floresceu tarde no circuito, mas não deixa de sonhar

Por Pedro Gonçalo Pinto - fevereiro 15, 2023

Jessica Pegula é um nome a ter muito em conta hoje em dia no tênis mundial. A número quatro do ranking WTA, no entanto, demorou um pouco mais a firmar-se entre as melhores. Ultimamente, porém, tem vivido meses de enorme consistência agora aos 28 anos, algo que a própria relativiza, embora admita.

PONTO DE VIRADA 

Sem nenhuma dúvida foi o Australian Open há três anos, quando cheguei aos quartas de final. Depois disso, vim aqui a Doha e também cheguei às quartas ou semis. Essa sequência ajudou-me realmente. Diria que sou um pouco tardia, mas hoje em dia vemos tenistas jogando até mais tarde nas suas carreiras. O jogo de cada um cresce em ritmos diferentes.

Leia também:

[VÍDEO] O que é isto?! Zheng candidata-se ao prêmio de melhor ponto de 2023
Bencic radiante: “Estou perto de ganhar um grande título”

COMPETIR APÓS A PANDEMIA

No ano da Covid não havia muita torcida ou pessoas no geral nas arquibancadas. Mas eu pensei que estava em um bom momento, então decidi que tinha de sair e competir. Talvez para outras tenistas não tenha sido tão fácil pela ausência de torcedores e várias regras. Mentalmente foi esgotante. Decidi que não me ia queixar, mas que ia usar isso em minha vantagem tanto quanto pudesse.

ESTILO DE JOGO

Comecei a jogar quando tinha cinco ou seis anos e a ir a treinos aos sete. Tive grandes treinadores que me ensinaram boas técnicas. Acho que tenho boa mão quanto à coordenação e aos timings. Não sou como a Iga ou a Coco a deslizar na quadra, mas a minha coordenação olhos-mão é muito boa. Jogo duro e profundo, que é algo que incomoda muitas rivais. É a minha maneira natural de jogar.

Nesta quarta-feira (15), Pegula estreia no WTA 500 de Doha. Ela ganhou folga na primeira rodada e encara Jelena Ostapenko nas oitavas de final.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt