Tommy Paul avisa Djokovic: “Sinto que o meu trabalho ainda não terminou”

Tommy Paul continua a viver um sonho em Melbourne. Nesta quarta-feira (25), ele carimbou o passaporte para as semifinais do Australian Open, depois de bater o compatriota Ben Shelton. Com a campanha, o norte-americano já tem entrada garantida no top 20 mundial, mas continua sonhando grande.

VITÓRIA HISTÓRICA

Estou muito emocionado. Fiz o que tinha de fazer para ganhar este jogo, sabia que não era dia de jogar bonito, mas sim de ser profissional e ordenado. O torneio ainda não terminou para mim, quero jogar outros dois jogos e não vou fazer nenhum balanço até sair. É muito importante para mim ser o primeiro norte-americano nas semifinais do Australian Open desde o Roddick. Lembro de ver o Andy quando estava começando. Desde pequeno, todos os treinadores nos diziam que o tênis norte-americano precisava de uma nova estrela. Isso fez aumentar a competitividade entre nós porque não queremos fazer bem só pelo nosso próprio interesse, mas também queremos pelos Estados Unidos.

Tommy Paul vence compatriota Shelton e está nas semis do Australian Open

DESEJO EM ENFRENTAR DJOKOVIC

Sei que teria mais opções de ganhar se fosse o Rublev, mas enfrentar Djokovic neste palco seria espetacular. Treinamos juntos algumas vezes, mas adorava ter este desafio. Sei que aqui é quase invencível, mas estou jogando o melhor tênis da minha vida. Por isso, considero que é um momento ideal para tentar. Sinto que o meu trabalho aqui ainda não terminou.

(A entrevista de Paul foi antes da partida entre Djokovic e Rublev, vencida pelo sérvio por 3 sets a 0)

PRESENÇA ESPECIAL DA MÃE

Entrei um pouco em pânico quando me disseram que a minha mãe vinha, porque nós, tenistas, somos muito obsessivos e quando algo funciona não queremos mudar nada. Além disso, pensei que podia ficar nervoso. Mas sei todos os sacrifícios que ela fez por mim. Por isso, foi extremamente emotivo vê-la no meu box. É fantástico sentir o seu apoio e acredito que pode me dar a energia que preciso para o que falta do torneio.