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Patrocínios de casas de apostas: Murray contra, Wawrinka a favor
O ténis é, finalmente, o assunto dominante no Open da Austrália, um dia depois do escândalo que envolve a investigação de manipulação de resultados ter rebentado, mas é ainda um assunto que vai fazendo correr muita tinta.
Ainda que nunca tenha sido aliciado para perder encontros a troco de dinheiro, conforme confessou esta terça-feira, Andy Murray não deixou de tecer duras críticas ao facto de os torneios aceitarem patrocínios de casas e sites de apostas. Nem de propósito, o Open da Austrália conta com o apoio financeiro da William Hill, uma das maiores empresas deste ramo na Europa.
“Acho que é um pouco hipócrita, sinceramente. Os jogadores não são autorizados a ser patrocinados por empresas de apostas, mas os torneios são. Eu realmente não percebo como é que isso funciona. É um pouco estranho”, admitiu o escocês, alertando para a falta de informação que há sobre o tema.
“Se há corrupção em qualquer um dos desportos, eu quero saber mais sobre isso. Claro que algumas coisas sobre as quais li não sabia, outras sabia. E, como jogador, quero estar por dentro do que se está a passar. Nós merecemos saber. Algumas coisas são verdadeiras, outras podem não ser. Estou sempre curioso sobre tudo o que envolve o desporto e penso que podiam ser mais transparentes”, acrescentou Murray.
Opinião bem diferente tem Stanislas Wawrinka no que toca às empresas de apostas. “É preciso olhar para a situação como um todo. Claro que a corrupção e o problema relacionado com as casas de apostas não é bom, mas se elas patrocinam um desporto vão fazer de tudo para que não exista corrupção“, defendeu o suíço, alegando que as empresas acabariam por perder dinheiro e não é esse o seu objetivo.
“Pode ser algo positivo para o ténis porque ter manipulação não é bom para o ténis, mas também não é bom para eles”, concluiu.
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