Paire fala sobre o seu temperamento: «Às vezes sou capaz de destruir tudo, de matar alguém»

Paire fala sobre o seu temperamento: «Às vezes sou capaz de destruir tudo, de matar alguém»

Por Nuno Chaves - fevereiro 17, 2019
PARIS, FRANCE – MAY 30: Benoit Paire of France is seen during a second round match at the French Open tennis tournament against Kei Nishikori (not seen) of Japan at Roland Garros Stadium in Paris, France on May 30, 2018. (Photo by Mustafa Yalcin/Anadolu Agency/Getty Images)

Benoit Paire é um dos tenistas mais carismáticos do circuito mundial, muito por culpa do seu forte temperamento. O jogador francês deu uma entrevista ao magazine francês Society, onde falou sobre esta sua característica que não deixa ninguém indiferente.

Paire começou por dizer que agora é uma pessoa diferente. “No ténis passas por todos os estados de espírito, é uma montanha russa, mas é algo que adoro, mesmo quando fico louco. Mas agora acho que sou muito mais tranquilo, estou a progredir”, afirmou o número 58 mundial.

“Antes ficava louco, não aceitava cometer um erro, tinha a impressão que as pessoas me iam criticar se falhasse um volley fácil. A opinião dos outros era muito relevante para mim, agora não tanto. Hoje tudo é mais difícil de explicar, ainda que tenha dias em que acordo e qualquer detalhe me pode chatear. Sou capaz de destruir tudo, de matar alguém. Agora não me custa tanto, mas tenho recaídas”, admitiu Paire.

Paire admiti mesmo que já tentou de tudo mas que… não há solução. “Tentei tudo. Hipnose, acupuntura, mas não há nada a fazer. O problema está na parte mais profunda de mim. A pessoa da hipnose, por exemplo, disse-me que estava perfeito, que não tinha absolutamente nada”, contou.

“O mais curioso é que fora do campo nunca me chateio, não faço mal a ninguém. Nunca tive uma luta, nem sequer em miúdo, só me chateio quando sou tenista. É a única área em que tenho um pouco de talento, então, à mínima coisa que aconteça mal, não entendo e sinto-me perdido”.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.