Pagou 25 mil euros para cumprir o sonho de jogar na Taça Davis
Spencer Newman não pagava para jogar a Taça Davis. Spencer Newman pagou, e pagou bem, para cumprir o sonho de se juntar à festa do ténis por seleções. O jogador de 23 anos, que em 2007 foi finalista do prestigiado torneio de juniores Orange Bowl, mas que nunca chegou a furar o top 1000, agarrou com as duas mãos – e um chorudo cheque – a oportunidade de defender as cores de um país que até nem era o seu, em 2016.
Nascido na Flórida, nos Estados Unidos, Newman beneficia de dupla nacionalidade por o seu pai ter nascido nas Bahamas, precisando, no entanto, de pagar 27 mil dólares (25 mil euros) para recompensar a Associações de Ténis dos Estados Unidos (USTA) pelo investimento que fez na sua formação enquanto júnior e mudar a sua nacionalidade tenística.
“Jogar a Taça Davis é uma das maiores honras que um jogador pode ter. Toda a minha vida quis ser jogador de ténis, e isto seria o realizar de um sonho”, escreveu Newman na sua página GoFundMe, plataforma de angariação de fundos, onde conseguiu arrecadar cerca de 6 mil dólares (cerca de cinco mil euros).
“A USTA fez muito por mim, mas eu teria de estar no top 20 para poder jogar pela equipa dos Estados Unidos, e não é onde eu estou. Sempre soube que isto podia acontecer, e decidi ir em frente quando fui abordado sobre o assunto”, acrescentou.
Newman fez a tão desejada estreia na Taça Davis, pelas Bahamas, em julho do ano passado, e neste início de 2017 volta a reviver o sonho no confronto diante da Venezuela, disputado em Miami, referente ao Grupo II da Zona Américas, curiosamente num fim-de-semana em que grande parte dos maiores nomes do ténis mundial abdicam de vestir a camisola do seu país.