Nuno Borges e momento ‘quente’ com Dzumhur: «Já estou habituado do College»
Nuno Borges alcançou esta terça-feira uma das melhores vitórias da sua carreira, ao derrotar o bósnio Damir Dzumhur, 113.º e ex-top 25, por 7-6(8) e 6-1, num encontro que ficou marcado pelo tie-break do primeiro set, em que o português salvou seis set points.
“O primeiro set foi extremamente duro. Ele esteve por cima, eu tive oportunidades que não aproveitei, mas sair por cima daquele tie-break foi a minha oportunidade de fazer a diferença”, confessou Borges, sem esconder que não foi fácil adaptar-se à terra batida dois dias depois de jogar a final do ITF M15 de Setúbal, em piso rápido. “A adaptação ainda está a ser feita. Sinto-me ainda um pouco peixe fora de água, a patinar, mas para mim é mais fácil assim do que passar para rápido. Cresci em terra e consigo fazer isto bem, ainda que não seja fácil. Estou muito feliz por ter conseguido dar a volta à situação.”
Borges explicou ainda o que se passou no final do primeiro set entre ele e (sempre mal disposto) bósnio. “Ele estava muito nervoso durante todo o set, não parava de falar e achou a certa altura que eu disse uma coisa com o intuito de insultar e não foi. Ele disse um ‘vamos’ na minha cara e eu perguntei-lhe se estava tudo bem. O Carlos Ramos meteu-se e disse-me que eu não tinha feito nada de mal. Ele quis discutir, chamou o supervisor, mas não teve razão. Mas compreendo que por vezes possa ser frustrante jogar ténis, não o julgo por isso”, garantiu, antes de assumir que ficou feliz por não encontrá-lo depois da partida. “Fiquei feliz por não encontrá-lo no balneário porque estava com medo que ele quisesse arranjar problemas. “
Borges lembra que viveu situações bem mais ‘quentes’ no circuito universitário dos Estados Unidos. “No College consegue-se levar mais longe as trocas de palavras. O pessoal de fora tem cânticos um bocadinho a picar. Faz parte. Tento abstrair-me, já estou um bocadinho habituado, mas há jogadores que se picam.”