This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.
Novak Djokovic confessa: «Tive muitas dúvidas da minha carreira em 2010»
Novak Djokovic está prestes a regressar à competição, depois de ter colocado um ponto final na temporada após a desistência do torneio de Wimbledon. Numa longa entrevista a Lewis Howes, o sérvio falou sobre vários assuntos, como a primeira vez em que pegou numa raquete de ténis.
“A primeira vez que toquei numa raquete foi com 4 anos. Nasci em Belgrado mas vivíamos numa zona montanhosa onde os meus pais tinham um restaurante. Lá havia um campo de ténis e comecei a jogar, porque estava mesmo ao lado do negócio da minha família”, comentou o antigo número 1 mundial, referindo ainda os momentos de guerra que o seu país viveu.
“Lembro-me perfeitamente dos bombardeamentos… ter que sair a correr para me refugiar em sótãos. Ficou-me na mente o terceiro ou quarto dia de guerra, pois caí quando corria pelas ruas vi perfeitamente como os aviões soltavam bombas em edifícios muito juntos. São imagens que ficam na minha memória e que me ajudaram a entender a vida como a entendo agora”, admitiu o sérvio.
Djokovic falou também sobre os momentos em que não se sente tão bem mentalmente, na modalidade, dando a entender estar a comentar a época de 2017. “Quando passei mal na minha carreira tive que parar e respirar, analisar tudo o que fiz na minha vida com este desporto e dar conta do quanto amo o ténis e como desfruto a jogar“, referiu, contando qual foi um dos piores momentos da carreira.
“Em 2010 estive muito mal. Questionei-me sobre muitas coisas da minha carreira. Estava no top 5 mas via-me algo impotente a lutar contra os melhores, para mim não era suficiente estar ali. O mais frustrante foi a derrota com o Melzer nos ‘quartos’ em Roland Garros. Entrei em crise, estava desolado e planeei o meu futuro. Falei com os meus pais e treinadores enquanto chorava desoladamente mas os conselhos do Marjan Vajda devolveram-me a paixão pelo ténis”, comentou o tenista de 30 anos, que depois desta crise, avançava em 2011, para os seus anos de domínio na modalidade.
O vencedor de 12 títulos do Grand Slam deixou ainda uma dica daquilo que pode ser a sua postura em court na próxima temporada. “Há que viver livremente, buscar o teu próprio caminho, pensar com profundidade e repartir muito amor”, concluiu Djokovic.
- Categorias:
- Não categorizado