Norte-americano abandona o ténis com depressão por causa das constantes alterações aos rankings

Norte-americano abandona o ténis com depressão por causa das constantes alterações aos rankings

Por José Morgado - agosto 8, 2019
hiltzik

No início desta ano, a Federação Internacional de Ténis fez uma série de alterações às regras. Alterou a nomenclatura dos torneios ITF e introduziu um novo ranking, retirando mais de metade dos jogadores da classificação ATP (e WTA). Durante oito meses, só os torneios ATP, os Challengers e as rondas finais dos ITF M25 ofereceram pontos ATP e muitos jogadores organizaram os seus calendários por forma a ganhar o máximo de pontos possível para esse ranking.

Foi o caso de Jared Hiltzik, um antigo tenista do circuito universitário, que estava a fazer o melhor ano da sua jovem carreira. Durante oito meses, jogou apenas Challengers e eventos M25, tendo entrado no top 350 da classificação pela primeira vez. Essa classificação permitia-lhe entrar na maioria dos Challengers norte-americanos. Só a meio do processo… a ITF voltou a mudar as regras. A partir da última segunda-feira, os pontos somados nos ITF M15 voltaram a contar e provocaram alterações substanciais nos rankings, com muitos tenistas ‘prejudicados’. Foi o caso de Hiltzik, que caiu 114 (!) lugares e agora decidiu deixar a modalidade por tempo indeterminado.

“Decidi fazer uma pausa definitiva na minha carreira por causa das recentes mudanças nos rankings. Durante os últimos seis meses, lidei com uma depressão por causa das mudanças e da forma como elas prejudicaram centenas de jogadores. Preciso de estar algum tempo fora de redescobrir a paixão que tenho por este desporto”, confessou o jovem americano num post nas redes sociais.

https:\/\/bolamarela.pt//bolamarela.pt//twitter.com/JaredHiltzik/status/1159237110798397440

Por cá, aconteceu parecido com Gastão Elias, que com as novas mudanças caiu 38 posições para fora do top 350. Fred Gil, em sentido inverso, subiu quase 300 lugares com a inclusão dos seus muitos pontos em ITF M15.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com