Nishikori jogava muitas modalidades, mas explica por que razão escolheu o ténis
Kei Nishikori, de 30 anos, é milionário, medalhado olímpico e finalista de Grand Slam, mas houve tempos em que ponderou dedicar-se a outra modalidade. Antes de viajar para a Florida aos 15 anos, onde se tornou depois num dos melhores jogadores da sua geração, o japonês chegou a praticar outros desportos, mas explicou em entrevista a razão pela qual o ténis falou mais alto.
“O ténis é uma mistura entre o boxe e o xadrez. Em termos de mentalidade, é muito parecido com o boxe, com a diferença que não coloca o teu físico tanto em risco pois não há contacto físico. Depois há o lado tático: tentar apanhar constantemente o adversário desprevenido. Quando era mais jovem joguei futebol, basebol, fiz natação, mas sempre adorei confrontos um contra um”, assumiu o antigo top 4 mundial, que antes da paragem por causa do coronavírus estava afastado do circuito há seis meses devido a lesão.
Nishikori, melhor jogador da história do Japão, assume que quando começou a jogar ténis não gostava tanto da modalidade como gosta hoje. “Eu adorava basquetebol, por exemplo, mas os meus pais insistiram que eu apostasse no ténis e de facto era essa a modalidade que eu jogava melhor. Mas talvez não gostasse tanto dela como agora. Adoro a modalidade, a sensação de ganhar sozinho, de antecipar os pensamentos do outro, de derrotá-lo. É muito especial”.
Apesar do último ano muito difícil, Nishikori, em que em 2019 chegou aos quartos-de-final de três dos quatro Grand Slams (só falhou no US Open, onde já jogou lesionado no cotovelo direito), acredita que ainda vai melhorar. “Tenho muita margem de progressão ainda. Acredito que aos 30 anos ainda tenho a capacidade de melhorar e persigo o sonho de voltar a jogar a final de um Grand Slam”.