Navratilova rendida a Sharapova: «Nunca deixou de ser quem era»

Navratilova rendida a Sharapova: «Nunca deixou de ser quem era»

Por José Morgado - março 4, 2020
sharapova

Martina Navratilova, uma das melhores jogadoras da história, foi uma das poucas vozes de grande peso a falar de forma muito positiva da importância de Maria Sharapova para o ténis mundial, na ressaca do adeus da russa ao circuito mundial. A norte-americana acredita que a tenista siberiana de 32 anos marca uma geração e lembra aquilo que sempre a diferenciou de todas as outras.

“A melhor palavra que define a Maria é ‘competidora’. É intensa, é fogosa e isso é ótimo. Nos homens, quando um tenista tem essa caraterística é muito elogiado e querido. Nas mulheres, é-se considerado logo arrogante. A Maria sofreu com isso, mas como grande campeã que era tinha essas caraterísticas”, disparou a antiga número um mundial e vencedora de dezenas de Grand Slams entre todas as variantes.

Navratilova lembrou que Sharapova nunca mudou ao longo dos anos. “Ela manteve-se sempre a mesma pessoa, nunca deixou de ser quem era. Dançou sempre ao ritmo da sua própria música. Ela nunca quis saber se as outras pessoas não gostavam que ela fosse como era. Nunca encarou o ténis como um concurso de popularidade, nem em relação às suas colegas, nem em relação aos fãs e talvez por isso não tenha sido tão apreciada como deveria ter sido. Mas o seu foco era só um: ganhar!”

Martina lamentou que Sharapova deixe o ténis lesionada e fala da relação da russa com Serena Williams dentro de court. “Ela tinha um grande serviço quando era nova, mas depois da operação ao ombro nunca mais voltou a ser a mesma coisa. Foi o grande problema dela nos últimos anos e isso notava-se mais contra a Serena, que a dominava completamente por ter um serviço muito melhor. Os jogos dela não encaixavam bem para a Maria e ela percebeu que poderia ser fortíssima mentalmente mas perder sempre com uma determinada rival”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com