Nadal revela novo tratamento e admite ir a Wimbledon: «Não posso continuar como joguei aqui»

Nadal revela novo tratamento e admite ir a Wimbledon: «Não posso continuar como joguei aqui»

Por Pedro Gonçalo Pinto - junho 5, 2022

Rafael Nadal sagrou-se campeão em Roland Garros pela 14.ª vez, mas explica que não é possível continuar a jogar como em Paris. O número cinco do ranking ATP recebeu injeções para adormecer o pé esquerdo antes de cada encontro, algo que diz que só fez por se tratar do Grand Slam francês. Rafa revelou um novo tratamento de tudo ou nada que até pode fazer com que jogue Wimbledon… ou então reavaliar se continua a competir.

ELOGIOS A CASPER RUUD

Casper é um grande jogador. Vai ser quarto da Race agora. Está muito alto no ranking, a melhorar todos os anos, porque no passado só era grande jogador em terra. Agora ganha títulos e luta nos torneios mais importantes nas outras superfícies. Isso é a coisa mais importante no desporto para mim. O valor do trabalho diário. Mesmo que hoje tenha sido um dia difícil para ele, tenho a certeza de que está muito orgulhoso. O que ele tem alcançado é enorme. Estou muito feliz por ele e pela família dele. Adorava vê-lo com um troféu aqui no futuro.

LESÃO NO PÉ ESQUERDO

É óbvio que não posso continuar nas circunstâncias em que joguei aqui. Não posso e não quero. Vou continuar a tentar encontrar soluções para o que acontece com o meu pé. Fui capaz de jogar duas semanas em condições extremas. Joguei com injeções nos nervos para adormecer o pé e só por isso é que pude jogar, porque não sentia nada. Tira todas as sensações do pé. Ao mesmo tempo é um grande risco porque posso torcer o tornozelo ou acontecer algo diferente. Claro que Roland Garros é Roland Garros e toda a gente sabe o que este torneio significa para mim, então quis tentar. Era a única maneira, então fiz isso.

TRATAMENTO NOVO

Ao sabermos que conseguimos adormecer os dois nervos que melhoram assim tanto o pé, vamos tentar um tratamento para criar esta sensação de forma permanente. É isso que vamos fazer na próxima semana. É uma injeção de rádio frequências no nervo e tentar queimar um pouco o nervo para que o impacto que agora tenho dure mais tempo. Vamos tentar isso. Se resultar, vou continuar. Se não resultar, então é outra história completamente diferente. Vou ter de perguntar a mim próprio se sou capaz de fazer outra grande coisa sem ter a certeza de que vai correr tudo como deve ser. Uma grande operação não me garante que seja competitivo de novo e vai demorar muito tempo até voltar. Vamos passo a passo.

PRESENÇA EM WIMBLEDON

Vou a Wimbledon se o meu corpo estiver pronto para ir a Wimbledon. É isso. Wimbledon é um torneio que não quero falhar, ninguém quer falhar Wimbledon. Adoro Wimbledon. Tive muito sucesso lá. Se quero ganhar Wimbledon? Claro que sim, mas vamos ver como o tratamento resulta. Não sei. Se puder jogar con anti-inflamatórios, claro que sim, claro que jogo. Para jogar com infiltrações para ficar com o pé anestesiado não. Não me vou meter nessa posição de novo. Pode acontecer uma vez, mas não é uma filosofia de vida que queira seguir.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt