Nadal rejeita favoritismo em Barcelona: “Isso é uma estupidez, sejamos realistas”

A espera terminou e Rafa Nadal retornou à competição nesta terça-feira (16) com uma vitória fácil no ATP 500 de Barcelona e uma exibição positiva. O espanhol mostrou que quem sabe nunca esquece e, no final, a satisfação do ex-número 1 do mundo era mais do que evidente; ainda assim, ele recusou qualquer tipo de favoritismo para esta semana.

RETORNO APÓS TRÊS MESES

O mais importante é ter jogado; o resto é secundário. Até a semana não terminar, não vamos saber nada; para mim, o importante é que não aconteça nada. Ainda que seja difícil, talvez não seja a semana para falar de tudo o que o coração me diz. Vamos fazer as coisas da melhor forma possível, com muita lógica. O jogo de hoje foi positivo e permite-me jogar novamente amanhã. Não sei como meu corpo vai responder às exigências, mas sou realista em relação ao que vivi neste último ano e meio. Veremos até onde chego, mas vou tentar não ultrapassar limites que não sejam seguros. A diferença entre como estou agora e como estava há uma semana é significativa. Vejo-me competitivo e capaz de desfrutar jogando; tudo isso estava bastante distante há apenas uma semana.

NÍVEL NÃO É UMA SURPRESA

Não creio que tenha sido uma super surpresa; há uma semana e meia, seria, pois estava em casa em outras condições físicas e com fadiga mental. Na última semana, nos treinos, senti-me mais ou menos bem, joguei com jogadores de bom nível e não me senti muito distante deles. Saio do jogo com uma ligeira confiança de que posso, pelo menos, jogar de igual para igual. Depois, ganha-se ou perde-se, mas para mim, o importante é voltar a jogar. Fiz o jogo que tinha que fazer, consegui vencer em dois sets, mas o meu adversário também me ajudou com alguns erros. Não é uma grande surpresa jogar a este nível; também não foi um nível surpreendente, foi um nível lógico onde joguei mais ou menos controlado.

TSITSIPAS DIZ QUE NADAL É FAVORITO

É uma estupidez, sejamos realistas; ele sabe que não é assim. Suponho que haja muito respeito pelo que já fui neste torneio, mas todos sabem que já não sou favorito para aspirar a ganhar um torneio. Simplesmente, há uma história que pesa muito nos confrontos. Até o dia de hoje, não me considero favorito; talvez neste jogo pudesse ser, é possível, juro que não tenho ideia se era ou não. Também não me importo. Sei que amanhã (contra Alex De Minaur) não sou favorito, mas também não me importa. São coisas para vocês, vocês têm que escrever essas coisas; para mim, é uma experiência enfrentar um jogador de primeiro nível. Será um teste para mim; veremos como respondo.