Nadal: «Não estou obcecado por ser o jogador com mais Grand Slams»

Nadal: «Não estou obcecado por ser o jogador com mais Grand Slams»

Por Pedro Gonçalo Pinto - janeiro 27, 2021
Nadal
PARIS, FRANCE – OCTOBER 11: Rafael Nadal of Spain poses with the winners trophy after his victory against Novak Djokovic of Serbia in the Singles Final on Court Philippe-Chatrier during the French Open Tennis Tournament at Roland Garros on October 11th 2020 in Paris, France. (Photo by Stephane Cardinale – Corbis/Corbis via Getty Images)

A preparar a estreia na temporada com a participação na ATP Cup, Rafael Nadal aproveitou para dar uma entrevista onde fez uma viagem à carreira. Claro que o facto de estar empatado com Roger Federer no número de Grand Slams conquistados (20) foi tema de conversa, mas o número dois do Mundo não está preocupado. Aliás, dificilmente poderia estar mais tranquilo!

“Estamos cá há tanto tempo desde 2005! Estou muito orgulhoso por fazer parte deste momento da história do nosso desporto. Tenho tido muito boas experiências e tive hipótese de viver coisas que nunca tinha sonhado sequer. Em termos de ténis, tento sempre fazer as coisas à minha maneira. Dou o meu melhor todos os dias, só isso. Claro que sou competitivo, mas nunca estive obcecado em ser o melhor. Só quero estar focado em dar o meu melhor sempre. O principal é voltar a casa depois de cada época e dizer que estou orgulhoso”,começou por referir numa entrevista à CNN.

“Já fiz muito mais do que alguma vez sonhei. Seria fantástico ganhar mais um torneio do Grand Slam e ser o jogador com mais Grand Slams quando acabar a carreira. Mas isso não vai ser a chave da minha felicidade. Não é uma obsessão! Se conseguir, fantástico, mas não sinto pressão”, destacou.

Por outro lado, Nadal, de 34 anos, falou sobre a forma como a rivalidade com Federer e, posteriormente, Djokovic, acabou por ser decisiva na sua evolução. “Tem sido uma rivalidade positiva. Sempre tive uma grande relação com a maior parte dos meus adversários. Com Novak e Roger, sempre tivemos uma boa relação e muito respeito. Fizemos coisas fantásticas juntos. Temos puxado uns pelos outros para sermos melhores. Ter alguém à tua frente que está a fazer coisas melhor do que tu dá-te uma forma mais clara sobre o que tens de fazer. Foi o que aconteceu comigo e com o Roger, e um pouco mais tarde com o Novak”referiu.

Pedido aos outros jogadores

Naturalmente questionado sobre a sua visão relativamente às queixas feitas por alguns jogadores nesta quarentena, Nadal foi pragmático. Acima de tudo, pediu compreensão e uma “perspetiva mais geral” face ao que se está a passar em todo o Mundo, além de ter agradecido à Tennis Australia e ao povo australiano.

“Tem sido difícil para 72 jogadores e as suas equipas. Não é a situação ideal e lamento por todos eles. Mas quando chegámos sabíamos que as medidas iam ser apertadas. É normal ter queixas mas, por outro lado, mas quando se tem uma perspetiva mais geral do que se passa no mundo, há que pensar e dizer ‘não estou feliz por estar 14 dias no meu quarto sem poder treinar’, mas ver quantas pessoas estão a morrer, que estão a perder o pai e a mãe sem se poderem despedir. Quando se vê tudo isto é preciso tentar ficar positivo. Somos uns privilegiados por fazermos o nosso trabalho”comentou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt