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Nadal explica aposentadoria: “Se pudesse continuava jogando, mas é impossível”
Se não dá para ganhar tudo, então não vale a pena. No fundo, este é o resumo do porquê de Rafael Nadal colocar um ponto final na carreira nesta semana, na Davis Cup Finals. O espanhol falou em coletiva de imprensa e não deixou nada por dizer antes do embate com a Holanda nesta terça-feira (19).
TRABALHO SÉRIO
Os fins de filme são para Hollywood. Temos de nos focar e competir e fazer o melhor para a equipe. Tentei trabalhar o melhor possível durante o último mês e meio para chegar aqui em boas condições e acho que melhorei muito. É difícil saber o nível real quando você não joga, mas se jogar algum jogo vou fazê-lo com o entusiasmo e determinação máximos. Significa muito poder despedir-me na Espanha e em quadra. Não posso prever como vou me sentir se competir, mas tenho que deixar as emoções de lado. É o capitão que decide, aqui o importante é a equipe e que estejamos à disposição para lutar pelo troféu.
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O QUE APRENDEU COM A CARREIRA
Não sou o tipo de pessoa que diz que não mudaria nada, porque acho isso arrogante. Claro que tomaria decisões deferentes se voltasse atrás, mas sinto-me em paz comigo mesmo porque dei tudo o que tinha. O mais importante é que aprendi a aceitar os desafios, a trabalhar a cada dia para ser melhor e desfrutar do processo. Vou sentir falta do dia a dia necessário para competir, mas também da adrenalina que se tem em quadra e o ambiente que os fãs criam.
POR QUE ACABAR A CARREIRA AGORA?
O que me faz deixar o tênis agora é que já não posso ser suficientemente competitivo. Podia jogar mais um ano para me despedir dos torneios mais importantes da minha carreira, mas não faz sentido para mim continuar ativo que sei que o meu corpo não me deixa lutar pelos objetivos competitivos que me motivam. Não estou queimado pelo tênis, se pudesse continuaria jogando, mas é impossível treinar com a continuidade necessária para competir em um nível que compense os esforços do dia a dia.
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