Nadal: «Estar 14 dias fechado num quarto é um mal menor tendo em conta o que se passa no Mundo»

Nadal: «Estar 14 dias fechado num quarto é um mal menor tendo em conta o que se passa no Mundo»

Por José Morgado - janeiro 26, 2021
Nadal
LONDON, ENGLAND – NOVEMBER 17: Rafael Nadal of Spain reacts during his singles match against Dominic Thiem of Austria during day three of the Nitto ATP World Tour Finals at The O2 Arena on November 17, 2020 in London, England. (Photo by Clive Brunskill/Getty Images)

Rafael Nadal, número dois do ranking mundial, é um dos tenistas que tem colocado mais a sua carreira em perspetiva nestes tempos de pandemia. No verão passado, o espanhol de 34 anos não quis viajar par Nova Iorque para jogar o US Open no meio da crise pandémica, mas desta feita tomou uma decisão diferente e voou até Melbourne para jogar o Australian Open. A cumprir quarentena em Adelaide, Rafa explicou como é o seu dia a dia.

“Aqui em Adelaide temos cerca de quatro horas e meia em que podemos sair do quarto. Varia as horas. Hoje [segunda-feira] por exemplo calhou-me o turno do meio-dia. Treino cerca de duas horas e depois voltamos aos quartos. Tenho uma passadeira, uma bicicleta, trabalho com o meu fisioterapeuta, cozinho… e aqui estou”, confessou em declarações à ESPN Argentina.

O espanhol percebe quem se queixa, especialmente aqueles tenistas que não podem treinar, mas lembra que há gente que está em condições muito piores. “Solidariedade máxima com todos os que estão a passar esta quarentena de forma mais desagradável. Espero que passem o menos mal possível e consigam ter todas as vantagens possíveis quando saírem para que se possam adaptar. É uma situação mundialmente muito dura. Estar 14 dias fechado é desagradável, mas comparado com o que se passa no Mundo é um mal menor. Nós vivemos em países muito afetados pelo vírus com histórias diárias muito tristes e conhecidos que perderam familiares próximos ou têm família internada e sozinha. Não devemos queixar-nos excessivamente daquilo que estamos a passar. Estar aqui é uma sorte e continuar a trabalhar também. Estamos saudáveis, estamos aqui e contentes por poder continuar a trabalhar. Sim estamos fechados, mas estamos em hotéis de cinco estrelas, temos comida e quem cuida de nós está a fazer o melhor possível para que tudo corra bem.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com