Nadal sobre o ATP 500 de Barcelona: "Joguei com o freio de mão puxado"

Nadal sobre o ATP 500 de Barcelona: “Joguei com o freio de mão puxado”

Por Pedro Gonçalo Pinto - abril 19, 2024

Rafael Nadal voltou à competição no ATP 500 de Barcelona e deixou várias indicações positivas. No entanto, teve que diminuir o ritmo durante a derrota para Alex de Minaur e explicou tudo o que estava planejado em declarações à RTVE.

O QUE TIRA DA SEMANA EM BARCELONA

O positivo para mim é que pude jogar mais uma vez. Há uma semana, pensava que não conseguiria jogar em Barcelona, então isso é o mais positivo. O segundo aspecto positivo é que terminei o torneio sem me lesionar. Tive que ter muito cuidado em todos os momentos, mas consegui fazer isso. Por outro lado, não joguei como gostaria, tentando vencer o torneio. Devido à minha situação atual, joguei com o freio de mão puxado, mas não havia outra opção, tinha que aceitar. Não é fácil, vai totalmente contra a minha forma de entender o esporte, mas tenho que aceitar para ter chances nas próximas semanas.

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VITÓRIA CONTRA DE MINAUR… SÓ SE FOSSE RÁPIDA

Sendo honesto, enfrentei um tenista de primeiro nível que tem estado muito bem o ano todo. Ele deu um passo à frente na sua carreira. Para mim, não merecia mais do que isso. Sabia que, ao perder o primeiro set por 7-5, o jogo estava praticamente decidido. No segundo set, tive chances de ganhar alguns jogos, mas não estava preparado para jogar com a intensidade alta que seria necessária durante duas horas e meia, como já havia sido discutido com a equipe. Houve um momento chave. Com o placar em 4-3 e 15-30 ou 0-30, errei duas respostas. Precisava ganhar aquele primeiro set para ter chances de vencer. No segundo, só pensava em não me lesionar.

O QUE SE SEGUE

Veremos. Meu objetivo é, pelo menos, conseguir jogar os torneios e depois o dia a dia vai mostrar se realmente vou poder ou não. Não em termos de resultados, mas se sou capaz de lutar por eles, de entrar em quadra e dar o meu melhor. Isso vai marcar o meu dia a dia, observar como o meu corpo se adapta e como tolera o aumento das cargas. Vou dar o meu máximo e lutar por ter oportunidades, pois contra De Minaur não consegui jogar como gostaria no segundo set.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt