Nadal contra racismo mas: «A forma de protestar nos EUA não é um bom exemplo»

Nadal contra racismo mas: «A forma de protestar nos EUA não é um bom exemplo»

Por José Morgado - junho 4, 2020
nadal

O racismo é um dos temas do momento, não apenas nos Estados Unidos, mas um pouco por todo o Mundo. Com os Estados Unidos ainda debaixo de uma forte ameaça pandémica — já morreram mais de 100 mil pessoas com coronavírus no páis — as ruas têm-se enchido de pessoas nos últimos dias, com diversas manifestações anti descriminação racial. Grande parte das estrelas da música, desporto e cinema têm juntado a sua voz aos protestos e alguns tenistas, como a norte-americana Coco Gauff, têm estado no terreno de forma ativa.

Rafael Nadal, número dois mundial, participou esta quinta-feira numa longa conferência de imprensa (quase duas horas) com membros da imprensa internacional, via zoom, e falou do assunto. “Qualquer pessoa normal quer paz no Mundo. Eu também desejo isso e sou contra o racismo, a pobreza e todo esse tipo de fenómenos terríveis que continua a acontecer com maior frequência do que aquilo que seria desejável. Mas quando vejo o desastre que está a provocar os protestos nas ruas, acho que esta não é a melhor forma de chamar a atenção para o problema. Não é um bom exemplo”.

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O espanhol acredita que as coisas se vão resolver. “Tenho muita confiança nas pessoas e acredito que vai ficar tudo bem. As coisas demoram tempo. Foi sempre assim ao longo da história da humanidade. Demorou tempo para que todos fôssemos iguais e tivéssemos os mesmos direitos e oportunidades. É claro que o que tem sido feito não é suficiente e temos de continuar a trabalhar por um Mundo melhor.”

Nadal assume que os tempos que vivemos são desafiantes. “A pandemia, a violência, são desafios importantes para que possamos enfrentar e ultrapassar. É importante manter a calma e respeitar toda a gente. Mas é fundamental evitar a violência porque a violência conduz ao desastre. “

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com