Nadal confessa-se: «Pensei que isto estava perdido como na final do Australian Open»

Nadal confessa-se: «Pensei que isto estava perdido como na final do Australian Open»

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 13, 2022

Rafael Nadal operou um verdadeiro milagre frente a Sebastian Korda, ao virar uma desvantagem de 5-2 no terceiro set para somar mais uma impressionante vitória. O campeoníssimo espanhol precisou de mais truques de magia, tal como na final do Australian Open, onde parecia ter a sentença lida frente a Daniil Medvedev, e a verdade é que foi exatamente nisso que Rafa pensou quando estava a perder.

“Pensei que isto estava perdido como na final do Australian Open. Mas isso não quer dizer que vá deixar de lutar e de tentar. Na minha cabeça, no 2-5, estou a pensar: ‘Certo, estou a jogar mal, tenho dois breaks de desvantagem, mas se vou perder ao menos que acabe com boas sensações, preciso de lutar’. Desde o 5-2 ele começou a ficar mais nervoso, a cometer mais erros e eu joguei um pouco melhor. Tive muito sorte, tenho de jogar melhor do que hoje”, confessou.

Nadal atirou ainda que quem disser que não se sente nervoso na hora de fechar um encontro está a mentir ou não quer saber do ténis, ao passo que falou sobre o seu espírito de luta.

“Se as pessoas acham que vou dar sempre a volta não está certo. Não tenho a incrível confiança em mim mesmo de poder dar a volta mesmo a perder por 5-2. Sabia que era quase impossível mas não queria desistir. Continuo a tentar sempre. Quero que seja ele a ganhar-me, não quero ajudar. Simplesmente tento complicar a vida ao adversário. Neste tipo de situação, perdes em 90% dos casos, mas se não tentares perdes todas”, atirou.

Mas Rafa não se ficou por aqui. “A razão pela qual luto durante toda a minha carreira é porque cresci com esta educação. Nem o meu tio nem a minha família me deixaram partir uma raquete, dizer palavrões ou dar-me por vencido num encontro. O mais importante quando era criança não era se ganhava ou perdia, era a educação e crescer com os valores certos”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt