Musetti explica os 'segredos' da sua esquerda: «A que eu mais gostava era do Nalbandian»

Musetti explica os ‘segredos’ da sua esquerda: «A que eu mais gostava era do Nalbandian»

Por Pedro Gonçalo Pinto - novembro 23, 2022
musetti

Lorenzo Musetti prepara-se para ter uma das maiores responsabilidades da carreira, tendo em conta que será o número um de Itália nas Davis Cup Finals. Antes de entrar em ação, o talentoso tenista de 20 anos falou sobre a esquerda a uma mão, relevando que a sua esquerda de eleição é de alguém que a disparava… com duas.

PANCADA QUE MAIS O MARCOU

É verdade que jogo a uma mão, mas a que mais gostava era do David Nalbandian. Foi uma das melhores esquerdas do circuito e tive oportunidade de o conhecer, já que agora é o treinador do Kecmanovic. Somos amigos e às vezes treinamos juntos. Por vezes, quando estou a disparar um winner com a esquerda paralela imagino que sou o David. O meu ídolo sempre foi Roger Federer, mas quanto à melhor esquerda penso na de Nalbandian. 

COMO APRENDEU A ESQUERDA A UMA MÃO

Ninguém me ensinou a bater a esquerda a uma mão, foi algo natural. Lembro-me que na primeira vez que peguei numa raquete comecei a fazer isso e acho que tomei a decisão certa, nunca quis mudar. Algumas vezes, por diversão, tentei fazer esquerda a duas mãos, mas nunca soube fazer da maneira correta. Gosto de jogar só com uma mão e é algo que nunca vou mudar, mas também seria tarde de mais.

TER TODAS AS PANCADAS AOS 20 ANOS

Podem considerar uma maldição ou benção, mas agora vejo como benção. No fim, se souberes gerir essa qualidade podes alcançar resultados importantes. Se não tiveres isso naturalmente, é difícil aprender. Gosto de ter esta diversidade de jogo dentro do court, embora às vezes possa ser uma maldição, mas faz parte do jogo. Aceito sem problema.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt