Murray explica como é treinar Djokovic e revela o que mais o impressionou

Murray explica como é treinar Djokovic e revela o que mais o impressionou

Por Nuno Chaves - fevereiro 12, 2025

Andy Murray continuará a sua primeira experiência como treinador com Novak Djokovic, depois do bom trabalho realizado no Australian Open. Esta é uma das parcerias mais mediáticas de sempre, e o ex-número 1 mundial, numa entrevista ao Sporting Misadventures, explicou como é treinar o tenista sérvio e falou ainda sobre quem gostaria de trabalhar dos outros membros do Big Three.

COMO É TREINAR DJOKOVIC

Não se trata de ‘isto é o que fizeste mal’, mas sim ‘isto é o que fazes bem’. Quando eu o enfrentava no circuito, ele fazia isto, e isto era tão complicado de defrontar por essas razões. Centrei-me, sobretudo, em colocar ênfase no positivo quando ele está jogando bem. ‘Isto é o que se sente ao jogar contra ti, isto é o que chateia no teu tênis quando estás do outro lado’. Como jogador, nunca és completamente consciente da potência das tuas pancadas, do impacto que realmente está tendo no teu rival, de como eles se sentem.

OUVIR OS RIVAIS… AJUDARIA

Se eu tivesse podido ouvir o Novak, o Roger ou o Rafa sobre o dano que o meu tênis causava a eles, teria sido uma ajuda enorme. Passei muito tempo em casa assistindo a vídeos, até mesmo analisando. As possíveis falhas que eu possa ter como treinador, devido à minha inexperiência, talvez possam ser compensadas pelos meus confrontos contra ele nos maiores cenários do circuito durante dez ou doze anos. Isso me dá uma perspectiva única sobre seu jogo. Não só estudei em profundidade o seu tênis, mas também experimentei em quadra. Tivemos esse tipo de conversas e espero que tenham sido positivas para ele. Sei que, na minha etapa como jogador, teria sido para mim.

QUEM GOSTARIA MAIS DE TREINAR

Não importa quem treine, porque são todos incríveis. Muita gente pode ver um tenista indicar uma estratégia, dar-lhes o caminho a seguir, mas nem todos conseguem executar exatamente o que pedimos. Isso foi o mais incrível no Novak. Em alguns jogos, dei a estratégia que achei que funcionaria, e ele respondeu na hora, executando tudo o que pedi, pela sua capacidade técnica, a forma como bate na bola, a forma como se move… não há pontos fracos. Acho que também teria sido divertido treinar o Federer, porque tudo o que ele faz parece natural. Não gosto de dizer isso porque há um trabalho enorme por trás, mas ele tinha todas as pancadas. Teria pedido qualquer coisa, e ele seria capaz de fazer.

Leia também:

– [VÍDEO] Torcida organizada e “garis do Rio”: João Fonseca conta com grande apoio em Buenos Aires
João Fonseca volta a jogar nesta quinta-feira em Buenos Aires; veja programação
– João Fonseca domina ex-top 30 e supera estreia em Buenos Aires

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.