Moya: "Nunca ensinei nada ao Nadal, mas ele teve a humildade de me ouvir"

Moya: “Nunca ensinei nada ao Nadal, mas ele teve a humildade de me ouvir”

Por José Morgado - maio 6, 2023

Carlos Moya, ex-número 1 do mundo e atual treinador de Rafael Nadal, passou pelo Mutua Madrid Open para uma série de ações publicitárias participou do podcast ‘Iguales’, onde estiveram algumas das principais figuras da modalidade ao longo da semana. O técnico comentou sobre uma das questões que mais se costuma fazer: o que é que se ensina a um campeão da dimensão de Rafa Nadal?

“Nunca ensinei nada ao Rafa. É difícil ensinar algo ao melhor da história. Mas a um jogador como ele é necessário entrar no círculo dele, começar e eu nesse ponto de vista tinha a vantagem de o conhecer desde os 10 anos. Pulei todo esse processo. Joguei contra ele e contra todos os que eram os seus rivais na altura em que começamos a trabalhar. Isso me dava uma grande vantagem. E a confiança que ele tem em mim também, por toda a relação que tínhamos. Essa confiança a nível técnico e tático foi crescendo. Ele tem a humildade de me escutar, de entender que está envelhecendo e que hoje em dia há coisas que no passado funcionavam e agora já não funciona”, confessou o treinador, que nasceu na mesma ilha de Nadal.

Qual a importância da tática na relação entre Moya e Nadal? “Muitas vezes se sobrevaloriza demasiado as táticas que se levam para os outros. A importância do plano é sobrevalorizada. Muitas vezes os jogos se resolvem em dois ou três games, especialmente quando o Rafa perde. Há sempre um plano, mas o Nadal é tão bom que muitas vezes temos o plano A, B e C e ele é humilde o suficiente para utilizar o C se os outros não funcionarem. Se tiver que correr atrás da bola e meter a bola dentro… é isso que ele faz.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt