Mouratoglou acredita que jogos de tênis deviam ter duração de um episódio da Netflix

Mouratoglou acredita que jogos de tênis deviam ter duração de um episódio da Netflix

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 6, 2024
Mouratoglou

Patrick Mouratoglou garante que o tênis é a sua grande paixão, mas o famoso treinador francês acredita que a modalidade da bola amarela tem que mudar e se adaptar aos novos tempos. Foi por isso que criou o Ultimate Tennis Showdown, e agora explica o que acredita que deveria ser mudado. na modalidade.

MUDAR A LÓGICA DO TÊNIS

O meu objetivo com o UTS era criar um produto que fosse atrativo para os fãs mais jovens. Não quero substituir os fãs mais antigos, mas sim oferecer uma nova opção para a geração mais nova. Como seria o tênis se fosse criado hoje em dia? A minha preocupação é que o tênis não consiga inspirar os mais jovens ao ver de que maneira consomem o entretenimento hoje em dia. Com o UTS queremos trazer um formato contemporâneo, em que um jogo dure no máximo 45 minutos, como um episódio da Netflix. Além disso, tem uma programação fixa e cada um sabe quando joga o seu tenista favorito. Devia ser assim.

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IDEIA DO ULTIMATE TENNIS SHOWDOWN

É uma competição séria, não uma simples exibição. Temos uma liga com torneios e um ranking, os jogadores levam a sério e jogam duro. O melhor é que realmente é muito entretido, o êxito do UTS vem da combinação de uma competição levada a sério e um formato que traz muita diversão. É emocionante, louco e cheio de paixão. As regras tão diferentes permitem aos jogadores expressarem-se livremente.

EM BUSCA DE “SALVAR” O TÊNIS

O tênis continua a ser o meu esoprte favorito, a minha grande paixão desde criança. Não quero mudar nada no tênis, mas o tênis tem que se adaptar ao espírito da atualidade. Para as antigas gerações, em que me incluo, o tênis é perfeito. Sempre vimos o tênis assim, como é atualmente. Adoramos, para nós não há nenhum problema, mas o tênis não se adaptou às gerações mais jovens. No meu ponto de vista, faz sentido que haja um formato para os fãs tradicionais e uma variante moderna para a geração jovem. A mistura de ambos os formatos é o que faz tudo mais especial.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt