Medvedev pronto para defender título no US Open: «Grand Slams estão acima de tudo»

Medvedev pronto para defender título no US Open: «Grand Slams estão acima de tudo»

Por Nuno Chaves - agosto 24, 2022

Daniil Medvedev, número um mundial, chega a Nova Iorque com o objetivo de revalidar o US Open, naquele que é, para já, o seu único Grand Slam conquistado. O ano do tenista russo está a ser algo irregular mas, numa entrevista ao Eurosport, revelou que espera estar à altura de voltar a levantar o troféu no último Major da temporada.

DEFENDER O TÍTULO DO US OPEN

Sempre adorei jogar em Nova Iorque, sempre me senti bem aqui. Voltar como campeão em título é muito importante. Não creio que seja difícil digerir aquele título, na verdade. É um grande passo na vida de qualquer jogador, os Grand Slams estão acima de tudo. Ganhar o meu primeiro Major deixou-me muito feliz, deu-me confiança e motivação. Saber que fui capaz de bater alguém como o Djokovic na final é incrível e só me ajuda a poder repetir no futuro.

SER UM ALVO A BATER

Agora as pessoas vêm-me de maneira diferente, também depois de ser o número um do mundo. Sou um objetivo, é normal. Há dois cenários diferentes, um positivo e outro negativo. Se começo um encontro bem e tudo funciona, às vezes sinto que o meu rival diz a si mesmo: ‘Hoje está a jogar incrível, que posso fazer?’. Por outro lado, quando não começo bem e começo a falhar, os meus adversários pensam que devem dar tudo para ganhar ao número um do mundo, campeão de Grand Slam. Motivam-me para terem essa vitória porque daqui a seis meses ninguém vai pensar se o Medvedev ou Nadal não jogaram bem, o que fica é que venceram o Medvedev, Nadal ou Djokovic.

MEMÓRIAS DA FINAL PERDIDA NO AUSTRALIAN OPEN

No geral, o Australian Open não foi mau. Joguei a um muito bom nível, ganhei um encontro de loucos contra o Aliassime, que não sei se deveria ter perdido, salvei até um match point. Depois chegou a final contra o Rafa. Gostava de ter feito melhor, de ter ganhado, estive a liderar. Durante alguns dias e semanas, aquele encontro foi uma memória complicada para mim mas quando olho para trás digo a mim mesmo que isto é a vida, são experiências. Tudo isso me fez progredir como ser humano. Entendi algumas coisas. Entendi que na vida as coisas nem sempre saem como queremos, agora tento ver tudo de uma maneira diferente.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.