McEnroe: «Eu, Connors e Nastase parecíamos pacientes de um manicómio!»

McEnroe: «Eu, Connors e Nastase parecíamos pacientes de um manicómio!»

Por Pedro Gonçalo Pinto - maio 19, 2022
March 7, 2015, Indian Wells, California: John McEnroe hits a volley during the McEnroe Challenge for Charity presented by Masimo in Stadium 2 at the Indian Wells Tennis Garden in Indian Wells, California Saturday, March 7, 2015. (Photo by Billie Weiss/BNP Paribas Open)

John McEnroe marcou uma era do ténis mundial, não só por ter sido número um do Mundo e ter ganho nove títulos do Grand Slam em singulares, mas também pela sua atitude intempestiva dentro de court. Ora, questionado sobre como compara os bad boys do seu tempo aos de hoje em dia, o norte-americano não teve grandes dúvidas.

“Os miúdos de hoje em dia são terríveis, mas temos de ver cada caso individualmente. Com Djokovic foi um acidente, Shapovalov também foi estúpido. Se bates na bola com essa frustração de certeza que vais arranjar problemas. Zverev é que perdeu mesmo a cabeça, não sei o que estava a pensar quando bateu com a raquete na cadeira do árbitro”, começou por afirmar ao UOL Deporte.

Mas nada se compara com o seu tempo. “Eu, Connors e Nastase parecíamos pacientes de um manicómio! Foi por nossa causa que mudaram e apertaram as regras. Mas isto deixa-me feliz. Não digo que os de hoje em dia não devam ser castigados, mas penso realmente que é melhor mostrar as emoções. Precisamos mais disso, mas que o façam bem”, atirou.

Por outro lado, falou sobre as diferenças de ser jogador… e comentador. “É muito mais fácil comentar do que estar a jogar lá em baixo, mas a recompensa é muito maior quando ganhas Wimbledon ou o US Open. Mas também sofres com a pressão e o stress que colocas em ti mesmo. Deixas-te levar pelo momento e quando percebes pensas ‘por que não desfrutei mais?’. Eu nunca parei para me questionar ‘sou melhor pessoa do que há um ano?’. Nunca fui boa pessoa enquanto jogador. Ter filhos ajudou-me a ser mais paciente porque quando jogava não tinha muita paciência”, revelou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt