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Martina Hingis: «Agora os fãs mal conseguem distinguir os jogadores, termina tudo em 'ova'»
Os 170 centímetros que enverga podem sugerir o contrário, mas Martina Hingis não se verga facilmente. A prova disso é que é uma das poucas da sua geração que ainda por cá anda a levantar troféus semana sim, semana não. Agora com 36 anos, e depois de algumas avanços e recuos na sua carreira, a ex-número um mundial de singulares continua a dar que falar no circuito de pares.
Tendo há tornado-se profissional há, imagine-se, 23 anos, a helvética terá, como pouco, legitimidade para dizer ‘no meu tempo é que era!’. “Os jogadores agora são mais substituíveis”, começou por comparar a helvética, em entrevista ao Westfälische Rundschau.
“Os fãs mal conseguem distingui-los pelos nomes, acabam todos em ‘ova’. Talvez seja exagerado, mas o sentido é esse. A nossa geração foi uma das melhores. Com as irmãs Williams, a Stefii Graf, a Monica Seles e a Jennifer Capriati. Puxávamos umas pelas outras. não queríamos por nada sair do top 10”, relembra Hingis.
Coroada rainha do ranking WTA com apenas 16 anos e tendo vencido os quatro Grand Slams de uma assentada com 17, a jogadora suíça diz ver menos tenacidade e compromisso nos jogadores de hoje. “Especialmente nos mais jovens. Vejo que são bons durante algumas semanas, mas depois deixam de treinar assim que são destaque. Tenho a impressão de que os jogadores ficam satisfeitos demasiado cedo”, defendeu.
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