Magnus Norman recusa ficar com os louros do triunfo de Wawrinka em Paris
“Mats Wilander escreveu um artigo para o L’Equipe onde disse que acreditava que eu sou o melhor treinador de ténis do mundo. É incrível ouvir isso de uma pessoa tão experiente como o Mats. No entanto, não posso aceitar isso”.
É desta forma que Magnus Norman se expressa na página oficial da sua academia, no rescaldo do triunfo do seu pupilo em Roland Garros. Depois de Stanislas Wawrinka ter feito um dos melhores encontros da sua carreira, para erguer bem alto a Taça dos Mosqueteiros, o sueco de 39 anos tornou-se também ele num verdadeiro foco de atenções.
Wawrinka não tinha qualquer torneio do Grand Slam conquistado, nem tão pouco os seus pensamentos vagueariam por lugares tão ambiciosos, até o antigo número dois mundial se juntar à sua equipa técnica, em abril de 2013, mas a verdade é que Norman recusa-se a colher tamanhos louros sozinho .
“Penso que a maior parte do mérito de um jogador conseguir singrar enquanto profissional deve ser atribuído aos treinadores de formação que trabalharam com o jogador enquanto jovem. Treinadores que criaram as bases dos jogadores quando os holofotes estiveram talvez a anos de distância. Treinadores que estiveram presentes de manhã cedo, à noite e aos fins-de-semana para fazer o trabalho duro”.
“Não Posso aceitar ser o responsável por isso. É a esses treinadores de formação que deve ser atribuído o maior crédito depois de uma vitória como esta”.
O sueco de 39 anos, finalista de Roland Garros em 2000, confessa estar orgulhoso dos frutos que resultaram do trabalho com Wawrinka em apenas em dois anos, mas tem consciência que os triunfos não seriam possíveis sem o muito trabalho que foi feito no passado. “O trabalho que estou a fazer é a continuação do que foi feito até aqui”, concluiu.