Lendl quer ajudar Murray a arruinar os planos de Djokovic
Andy Murray é número dois mundial, conquistou um dos Masters 1000 já disputados e ficou a um triunfo de conquistar o Open da Austrália e Roland Garros. Não falta muito ao jogador de 29 anos para alcançar a felicidade plena dentro de linhas, mas aquele que tem sido o seu derradeiro estorvo é grande e difícil de derrubar.
Ivan Lendl, recém-regressado à equipa técnica do escocês, não esconde, por isso, que uma das suas principais missões é ajudar Murray a ultrapassar a barreira Novak Djokovic no futuro imediato. “No ténis, existe o Grand Slam de carreira, vencer os quatro de forma consecutiva, há o Grand Slam de calendário e o Golden Slam. Ele tem a hipótese alcançar tudo isso este ano”, começou por dizer o treinador de 56 anos ao “The Guardian”.
“Obviamente que o Andy e iremos gostar de destruir todos esses planos, se conseguirmos. Mas se olharmos para a história – Don Budge em 1938, e Rod Laver em 1962 e 1962 – foram anos em que o Grand Slam de calendário foi atingido. Por isso, se olharmos para isso dessa forma, é fenomenal”.
Lendl continua: “podemos argumentar que em 1938 e em 1962 nem todos os jogadores de topo jogaram. Mas em 1969 foi incrível e é isso que coloca Rod Laver no debate de melhor de todos os tempo com o Roger [Federer]. Nunca vamos chegar a uma conclusão, mas é divertido termos essa discussão – e o Novak tem os quatro [últimos] Majors seguros”.
Um feito que o antigo número um mundial e campeão de oito Grand Slams diz ser admirável. “É algo que não aconteceu durante muito tempo, quase 50 anos, não foi feito por outra pessoa senão dois jogadores – temos de respeitar isso”.
O reatar da relação entre Murray e Lendl teve início esta semana, na relva londrina do Queen’s Club, dois anos depois de terem colocado um ponto final na parceria que culminou na conquista de dois Grand Slams e uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.